A rastreabilidade é uma importante medida de qualidade e segurança alimentar no Brasil, afirma a engenheira de alimentos Caroline Reichert, durante bate papo com o Ligados & Integrados. “O Ministério da Agricultura traz padrões de alto nível em relação à rastreabilidade, assim como governos de outros países, que a gente exporta os nossos produtos”, diz.
Mas, antes de entender os benefícios da rastreabilidade, é importante conhecer as etapas desse processo que se inicia ainda na casca do ovo. Segundo o supervisor agropecuário Claudio Camargo, os ovos passam por uma estocagem de até seis dias, com temperatura controlada para não ter a perda de performance dos lotes e ter qualidade melhor do pintinho.
Em seguida, acontece a incubação, o monitoramento da temperatura e umidade. “As identificações seguem até a etapa final, depois das incubadoras, onde ficam por 19 dias e recebem as vacinações em ovo, de proteção”, completa o supervisor.
De lá, seguem para o nascedouro, onde passam mais dois dias com ambiência, conforto, sexagem e expedição final. “A gente respeita no incubatório azul para macho e branco para fêmea, tudo manual. Verificação pelas asinhas que tem um diferencial por nossos colaboradores”, finaliza.
A rastreabilidade permite identificar qualquer desvio sanitário, de manejo ou de origem de lote, e pode ser um diferencial competitivo para as empresas que a adotarem.“Os clientes querem ter a certeza que estão consumindo um frango que ao longo da sua vida só comeu ração vegetal. Esse é um dos exemplos da importância da rastreabilidade”, diz a engenheira.
Ela reforça que a mudança do perfil do consumidor tem impulsionado o rastreio. “Cada vez mais urbanizado, o cliente também tem buscado conhecer mais a origem do que ele consome. Então, com certeza, uma empresa que tem uma boa rastreabilidade tem um diferencial muito interessante”.