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Animal se coçando? Pode ser sarna! Saiba como evitar doenças de pele

Manter as instalações limpas é essencial para proteger os suínos. Carcaça comprometida é prejuízo na certa

Seja picada de inseto ou alergia, pensar em coceira deixa você agoniado, certo?  Pois saiba que além de fazerem os animais sofrer, as doenças de pele comprometem a carcaça e são sinônimo de prejuízos. Os produtores devem estar sempre atentos aos sinais e observar qualquer agitação atípica entre os suínos. Não dá para esperar as feridas surgirem para tomar uma atitude. Além de investir em medidas preventivas, contar com a orientação de profissionais especializados para medicar os animais com doenças de pele é essencial.

Tipos de sarna 

Há dois tipos de sarna suínas: a sarcóptica, mais comum, e a demodécica, mais rara. As duas são doenças de pele que passam de um animal para o outro e provocam descamação. Em ambos os casos os ácaros são parasitas e fazem os animais de hospedeiros, escavando e se alimentando do couro, principalmente na região das orelhas, e   causando perda de pelos, intensas coceiras e erupções que podem evoluir para feridas e infecções. Estressados, ariscos e incomodados, os animais começam a emagrecer, apresentam retardo no crescimento e refugo, o que causa impacto no bolso dos produtores. 

Como evitar as sarnas? 

Algumas medidas preventivas devem ser tomadas contra a sarna suína. A incidência diminui com o manejo adequado e higiene, já que os ácaros podem estar presentes nos veículos para transporte dos animais, nas instalações e nos próprios materiais de limpeza. Além de evitar contato com instrumentos de trabalho sujos e contaminados, podem ser adotadas práticas simples, como separar roupas e botas exclusivas para uso na granja, limitar o número de visitantes nos criatórios e evitar a proximidade de leitões doentes e sadios.

Riscos de contaminação na reprodução 

É essencial identificar e separar os animais infectados, medicando imediatamente a partir da orientação profissional com injeções, antiparasitários ou banhos com sarnicida. Os produtores devem observar atentamente o comportamento dos suínos e perceber se alguns animais estão roçando o corpo contra as paredes. A sarna pode atingir animais de todas as idades.  Machos podem infectar fêmeas durante a cobertura, e fêmeas, por sua vez, podem infectar leitões.


Tratamento contra as sarnas 

De acordo com o médico veterinário Jonathan Vescovi, doenças de pele em suínos não são tão comuns, mas, uma vez identificada a coceira em algum animal, possivelmente a sarna já estará presente em todo o rebanho. “Muitos animais são assintomáticos. É preciso evitar umidade e sujidades nas instalações, principalmente nas maternidades. Doentes, matrizes diminuem a produção de leite e leitões perdem peso. Se o produtor observar vermelhidão nas orelhas dos animais, deve ficar atento, pois pode ser sinal de sarna. Se realizado de forma correta, o tratamento contra a doença é eficaz”, explica. 

Eczemaúmido: outra doença de pele 

Outra doença que afeta principalmente a pele de leitões lactantes ou recémdesmamados (entre duas a cinco semanas de vida) é conhecida como eczemaúmido, causada por uma bactéria grampositiva. São bactérias que causam lesões e, em casos mais severos, infecção localizada ou generalizada. Os sinais clínicos incluem apatia, diarreia e modificação na coloração da pele nas fases iniciais do desenvolvimento. Em casos mais avançados, pode ser observada na pele dos leitões uma gordurosa camada espessa de odor rançoso e amarronzada. O tratamento é realizado com o uso de produtos antimicrobianos. Quanto mais cedo o animal for diagnosticado, mais eficaz é o tratamento.