A Associação Brasileira de Proteína Animal realizou uma coletiva na manhã desta quarta-feira (29). Foram divulgados os dados da produção de frango, ovos e carne suína.
Sobre a carne suína, a entidade prevê um aumento na produção de 4% no período de 2021 a 2022, com um total produzido entre 4,800 a 4,850 milhões de toneladas.
Sobre as exportações, a ABPA divulgou a projeção de um aumento no período de até 13%, com um total enviado ao mercado externo entre 1,150 a 1,250 milhões de toneladas.
O consumo per capita de carne suína também registra uma projeção de alta, de 5%, com oum total até 17,50 kg por pessoa.
De acordo com Ricardo Santin, Presidente da ABPA, a carne suína é uma grande “estrela” do nosso mercado, e continuará sendo. “Mesmo em um ano de superação, complicado para toda a atividade e é uma satisfação apresentar dados tão positivos”, disse. “O setor investiu em torno de R$ 1 bilhão para a manutenção das atividades e ampliar a produção para atender a demanda interna e externa e não deixamos de faltar carne na mesa do brasileiro e também, não deixamos de atender nossos compradores internacionais. O setor respondeu mesmo diante das dificuldades.
Carne de frango
Relativo à carne de frango, a entidade divulgou que a previsão de um aumento na produção da ordem de 4,5% no período entre 2021 a 2022. A projeção é que o setor avícola produza entre 14,400 a 14,700 milhões de toneladas no período.
Relativo às exportações, a previsão também é de alta, de até 3,5%, com um total entre 4,550 a 4,650 milhões de toneladas de carne de frango enviadas ao mercado externo.
O consumo interno também segue uma tendência de alta, com um aumento de até 5,5%. A previsão é que cada brasileiro consuma até 47,50 kg na variação 2021/2022.
Fatores que influenciaram as projeções – De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o comportamento da produção foi especialmente influenciado pela manutenção da demanda interna, mesmo em meio ao quadro crítico gerado pela pandemia de Covid-19.
“Os programas de apoio à renda em função da pandemia, somados a uma melhora do quadro econômico e da vacinação no País têm delineado um cenário de sustentação da demanda por produtos de aves, suínos e ovos no mercado brasileiro. Neste contexto, o suprimento segue ajustado à demanda”, analisa Santin.
Já no mercado internacional, conforme o diretor de mercados da entidade, Luís Rua, a consistência da demanda asiática por aves e suínos, atrelada ao aumento da procura em clientes tradicionais como o Oriente Médio e a União Europeia, reforçaram a expectativa de recorde nas exportações das duas proteínas.
“Isto, sem gerar qualquer pressão de disponibilidade de produtos no Brasil. Ao contrário, temos mantido também a oferta para o consumidor brasileiro, que é o principal destino de nossa produção”, completa o diretor da ABPA.
Apesar disto, o setor produtivo tem enfrentado desafios severos em relação ao equilíbrio dos custos de produção, com altas históricas em praticamente todos os insumos, como o milho, o farelo de soja, o diesel, embalagens plásticas e de papelão, energia elétrica e outros.
“Felizmente, graças ao apoio da Ministra Tereza Cristina, o setor produtivo vem obtendo importantes avanços para o enfrentamento deste quadro, com medidas voltadas para a redução da pressão e das assimetrias existentes no mercado de grãos, especialmente a partir do segundo semestre de 2020”, completa Santin.