No último domingo (21), o Brasil exportou pela primeira para Angola, na África, genética avícola desenvolvida aqui no país pela Embrapa Suínos e Aves. A responsável pela venda foi a empresa West Aves, que enviou uma remessa de aves das linhagens industriais de frango de corte (Embrapa 021) e de poedeira (Embrapa 031).
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“A expectativa do povo angolano é grande com a chegada da nossa genética. Eles querem iniciar com urgência projetos que atendam a necessidade de alimentos seguros, caso das genéticas desenvolvidas pela Embrapa”, disse Adilson Mognol, presidente da West Aves.
O pesquisador Everton Krabbe, chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, também destaca a relevância dessa parceria para a entrega de um produto nacional ao produtor e ao consumidor, agora mundial. “É um trabalho de pesquisa de muitos anos que vai chegar ao mercado, de elevado potencial produtivo, qualidade do produto final e, principalmente, com biosseguridade”, afirmou.
A parceria da Embrapa com a West Aves ocorre desde 2022, por meio de contrato de licenciamento para a multiplicação e comercialização das linhagens avícolas desenvolvidas pelo centro de pesquisa.
Paralelamente, a West Aves e a Embrapa firmaram uma cooperação técnica para o desenvolvimento conjunto de novas linhagens de aves. O objetivo da parceria é a produção e comercialização da genética brasileira nos principais polos de produção, trazendo uma maior segurança alimentar para os brasileiros e, também, ampliar o atendimento às regiões Norte e Nordeste.
Aves da Embrapa
Segundo a Embrapa, o frango de corte industrial Embrapa 021 é um híbrido selecionado para melhor conversão alimentar, maior ganho de peso e rendimento de carcaça. Tem potencial para alcançar cerca de 2,45 kg aos 42 dias de idade, com rendimento de peito com osso e sem pele de 20%.
Já a Embrapa 031 é uma poedeira considerada ideal para sistemas comerciais intensivos de produção de ovos de casca marrom (castanhos). São galinhas híbridas, produzidas pelo cruzamento de linhas puras das raças rhode island red e plymouth rock branca, que se adaptam bem a sistemas de produção de ovos em gaiolas, como também em sistemas livres.