O Brasil se destaca na produção de alimentos em um contexto global, ainda mais quando se trata de proteína animal. O país é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango no mercado mundial, enquanto referente à carne suína, o Brasil é o quarto maior país produtor e exportador da proteína.
Essas conquistas são possíveis graças ao status sanitário da produção de proteína animal no país, segundo Ariel Mendes, presidente da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas.
Em entrevista ao Ligados & Integrados, Ariel reforça que a questão sanitária é essencial para o Brasil se manter como uma potência no setor de aves e suínos. O país é livre das principais doenças na produção de proteína animal e tem eficientes controles sanitários. Assista a entrevista completa no link abaixo:
A importância da vigilância sanitária
A situação sanitária do Brasil é constantemente monitorada, e a rápida resposta a surtos é essencial para manter a saúde dos animais. Um exemplo disso foi o recente caso da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, que foi rapidamente controlado, e não evoluiu para um foco.
O Brasil também é livre da febre aftosa desde 2005, e agora, todo o território nacional é considerado livre de aftosa sem vacinação, um status que deve ser mantido com rigor para a continuidade das exportações e para a confiança dos mercados internacionais.
“Hoje com a globalização, nenhum país está livre de ter um caso de alguma enfermidade dentro do país. O que a Organização Mundial de Saúde e os importadores querem saber é se o país tem um programa de vigilância, estrutura de laboratório para fazer o diagnóstico precoce e uma estrutura veterinária treinada para fazer a erradicação dos focos”
O futuro da proteína animal brasileira no mercado global
Ariel vê com otimismo o futuro da produção de proteína animal no país, que tem oportunidade de crescer com o crescimento populacional mundial, especialmente na Ásia. “O Brasil é o grande produtor, nós temos grãos, clima, mão de obra e tecnologia” diz Ariel.
Segundo Ariel, o país já é considerado o “celeiro do mundo” e tende a se consolidar como o “supermercado do mundo”, com uma produção de alimentos que promete estabilidade mesmo diante das variações nos preços do milho e da soja.
Enquanto países como os Estados Unidos enfrentam limitações de área para expansão agrícola e a China lida com problemas de água e terra, o Brasil se destaca pelas condições favoráveis para a produção de alimentos.
Novos mercados e oportunidades
Há ainda grandes oportunidades para o Brasil em mercados que ainda não estão plenamente abertos às exportações brasileiras, como a Índia, Indonésia e Nigéria. Esses países, com grandes populações, eventualmente precisarão importar alimentos, incluindo proteína animal, para suprir suas demandas internas.
Diante desse cenário, a produção de alimentos no Brasil promete continuar crescendo, impulsionada pela demanda global e pelas vantagens competitivas que o país oferece. O desafio sanitário, no entanto, permanece como um fator crucial para o sucesso contínuo, exigindo vigilância constante e aprimoramento das políticas de controle e prevenção de doenças.
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