DIRETO DO PRODUTOR

Infecções respiratórias em frangos de corte: como identificar e prevenir

Especialista explica como agir rapidamente ao menor sinal de problema e traz orientações para manter um ambiente controlado

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Foto: Ligados & Integrados

As infecções respiratórias em frangos de corte além de prejudicarem o bem-estar das aves, geram impactos negativos na produtividade e na qualidade dos lotes. Entre os prejuízos estão o aumento da mortalidade e os custos com tratamentos, que podem comprometer a rentabilidade das granjas.

Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com a médica-veterinária e sanitarista Andressa Pastuczenko, da Seara. Durante a entrevista, ela abordou a importância da prevenção, os principais fatores que favorecem a propagação dessas doenças e os sinais de alerta que o produtor deve observar em seu plantel. Assista ao vídeo abaixo e confira a explicação na íntegra.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

Sim, a aerossaculite é infectocontagiosa, respondeu Andressa. Trata-se de uma inflamação dos sacos aéreos das aves, causada por vírus, bactérias ou fungos. “Quando esses agentes estão presentes, a doença pode se propagar rapidamente entre as aves, especialmente se o ambiente não estiver adequado”, explicou.

Entre as doenças respiratórias mais comuns que afetam os frangos de corte, destacam-se a bronquite infecciosa, a laringotraqueíte, a colibacilose e o pneumovírus. Há ainda a influenza aviária e a doença de Newcastle, que são controladas no Brasil por meio de rigorosos programas sanitários, o que garante o status de zona livre dessas enfermidades.

Outro fator apontado pela especialista foi a importância do controle ambiental. Segundo ela, “o acúmulo de amônia nos aviários favorece o aparecimento de doenças respiratórias, tornando essencial a manutenção de um ambiente limpo e bem ventilado”.

A biosseguridade é uma das principais medidas para evitar a entrada de agentes infecciosos nas granjas. Andressa destacou que a troca de roupas e botas ao acessar os aviários, assim como a desinfecção entre os lotes, são práticas fundamentais. “Essas ações criam uma barreira de proteção, reduzindo as chances de contaminação”, afirmou.

Ela também reforçou a importância de seguir as orientações do extensionista rural para manter o ambiente ideal no aviário. “Ventilação adequada, regulagem do painel de controle e acompanhamento das mudanças climáticas ajudam a prevenir doenças”, disse.

Para os produtores, a adoção de boas práticas de manejo, aliada a um programa de vacinação eficiente, é a melhor forma de proteger os lotes e garantir a produtividade.

“Os programas vacinais são desenvolvidos com base em análises regionais, garantindo proteção desde a saída do incubatório”, explicou.

Além disso, manter o aviário aquecido, com água e alimento de qualidade, ajuda a fortalecer a imunidade das aves.

Entre os sintomas que indicam a presença de doenças respiratórias nas aves, estão a apatia, aumento da mortalidade, tosse e espirros. “Se o produtor identificar esses sinais, deve informar imediatamente o extensionista para que sejam tomadas as medidas necessárias”, orientou Andressa.

Caso a doença seja confirmada, o tratamento pode incluir o uso de antibióticos, conforme protocolos definidos. “A monitoria sanitária é essencial para avaliar a gravidade do quadro e implementar o manejo adequado”, completou a veterinária.

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