O México é hoje o maior destino das exportações agropecuárias brasileiras na América Latina, com 2,7 bilhões de dólares exportados de janeiro a novembro de 2024. Sendo assim, o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) comemorou a renovação do “Paquete Contra la Inflación y la Carestía” (PACIC), que isenta tarifas de importação sobre produtos agropecuários brasileiros essenciais para a cesta básica mexicana.
A medida foi renovada até 31 de dezembro de 2025, e reforça a presença de produtos brasileiros no México, como carnes, leite, arroz e feijão.
Benefícios do acordo e redução de tarifas
Antes do acordo, as tarifas de importação para carne de frango e suína podiam chegar a 75% e 16%, respectivamente. Com a nova política comercial, essas barreiras foram reduzidas, permitindo maior competitividade dos produtos brasileiros em relação aos dos Estados Unidos, tradicional fornecedor para o mercado mexicano.
O Ligados & Integrados desta quinta-feira (16) conversou com o analista de mercado Fernando Iglesias, analista de mercado do Safras & Mercado, para entender como essa renovação impacta nas exportações brasileiras. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.
“Essa é uma oportunidade única para o Brasil alavancar suas vendas, principalmente diante de tensões comerciais entre México e Estados Unidos, que podem favorecer ainda mais os produtos brasileiros”.
Crescimento nas exportações para o México
No ano passado, as exportações brasileiras para o México ultrapassaram US$ 2 bilhões nos primeiros 11 meses. Com a continuidade do acordo, projeta-se um crescimento de 10% a 15% para 2025, tornando o país um dos principais destinos da carne brasileira.
Além de ampliar a quantidade vendida, o Brasil também diversifica sua base de clientes, reduzindo a dependência de mercados como o da China.
Repercussão em outros países da América Latina
A parceria com o México é apenas uma das frentes de expansão comercial brasileira. Recentemente, novos acordos com o Peru também abriram oportunidades para a carne suína, com frigoríficos habilitados para exportação. Segundo o analista, “quanto mais mercados forem abertos, menor será nossa dependência de destinos específicos. Isso é essencial para a sustentabilidade do setor a longo prazo.”
O Brasil pode se beneficiar de situações externas, como o recente caso de febre aftosa na Alemanha, que abre espaço para exportações de carne suína para mercados como Japão e Coreia do Sul.
Siga o Ligados & Integrados no Google News para ficar por dentro de tudo que acontece no setor.