BLINDAGEM SANITÁRIA

Disciplina diária em biosseguridade reduz desafios sanitários e aumenta eficiência

Não basta investir em infraestrutura: o segrego está na conscientização e no cumprimento rigoroso dos protocolos, destaca a especialista

Barreiras sanitárias granjas
Produtor deve implementar barreiras sanitárias na granja para proteger as aves

As exportações de carne de frango e suína atingiram novos recordes em 2024, gerando mais de 12 bilhões de dólares em receitas para o Brasil. Esse marco foi possível graças a dois fatores primordiais: a qualidade da carne exportada e as avançadas práticas de biosseguridade

Essa abordagem estratégica, que visa prevenir, controlar e proteger a produção contra agentes causadores de doenças, tem sido um pilar fundamental para manter o status sanitário da produção nacional.

No Ligados & Integrados de terça-feira (21), abordamos o impacto da biosseguridade na competitividade do Brasil no mercado global. Assista o vídeo abaixo para conferir as práticas e orientações compartilhadas pela médica-veterinária Marcela Triginelli do time técnico da Boehringer Ingelheim.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

Marcela destacou que a biosseguridade, além de essencial, é obrigatória para atender às exigências legais e dos mercados internacionais. Segundo ela, medidas como controle rigoroso na entrada de pessoas e veículos nas granjas, programas de vacinação baseados em evidências, vazio sanitário entre lotes e o uso de matéria-prima segura para ração são fundamentais para manter a sanidade do plantel.

“Essas práticas, que antes eram apenas recomendadas, agora são obrigatórias e fiscalizadas de forma intensa pelos órgãos responsáveis. Além disso, é imprescindível registrar todas as ações realizadas, como lavagens, desinfecções e controle de entradas e saídas de pessoas e veículos. Essa documentação garante a rastreabilidade e a confiança no processo produtivo”

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Apesar dos avanços, a implementação de programas de biosseguridade enfrenta barreiras, principalmente na conscientização e treinamento das equipes. “A educação continuada dos colaboradores é essencial. Não basta investir em infraestrutura; é necessário garantir que todos entendam a importância e sigam os protocolos com disciplina diária”, reforçou.

Marcela também pontuou que a redução de intervalos entre lotes para atender à alta demanda pode aumentar a pressão sanitária, elevando os riscos de infecção.

“Granjas que adotam um rigor maior no vazio sanitário e na limpeza têm registrado menos desafios sanitários e maior eficiência produtiva”

Com esses cuidados em dia, é possível preservar o status sanitário e acessar mercados internacionais ainda mais exigentes, destaca Marcela.

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