O Brasil se consolida como um dos principais produtores e exportadores de carne suína do mundo, ocupando a quarta posição no ranking global.
Para 2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um novo recorde na produção, ultrapassando 5,40 milhões de toneladas. Esse crescimento é impulsionado pela demanda internacional, pelo mercado interno e pela estabilidade nos custos de produção, favorecida pelo controle nos preços dos grãos.
Em Mato Grosso, a suinocultura responde por quase 5% da produção nacional, ocupando a sexta posição entre os estados produtores. A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) destaca a presença expressiva de produtores independentes, que representam 60% das matrizes suínas no estado.
Diagnóstico da suinocultura mato-grossense
Para fortalecer a cadeia produtiva e garantir a sustentabilidade do setor, a Acrismat elaborou o “Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-grossenses”. Segundo Frederico Tannure Filho, presidente da associação, o levantamento permitiu compreender melhor o perfil dos produtores e seus desafios diários. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.
“O estudo nos ajudou a conhecer melhor os produtores independentes e a dinâmica do setor. Isso nos permite atuar de forma mais pontual para oferecer suporte adequado a essa cadeia produtiva”.
Perfil do suinocultor mato-grossense
Diferente do Sul do Brasil, onde a maioria dos produtores opera sob integração, em Mato Grosso prevalecem os suinocultores independentes, que também atuam em outras atividades agropecuárias, como a produção de grãos e a bovinocultura. O estudo revelou ainda que a maioria dos produtores tem mais de 40 anos e possui bom nível de escolaridade, com muitos tendo ensino superior.
Um fator positivo identificado no diagnóstico é a crescente participação de jovens na atividade, impulsionada pela modernização do setor e pelo uso de tecnologias como inteligência artificial e automação nas granjas.
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Sustentabilidade e avanços na produção
O estudo também revelou que a maioria dos produtores segue padrões rigorosos de sustentabilidade, com alto índice de adesão ao uso de biodigestores e boas práticas de bem-estar animal.
A manutenção do status sanitário do estado é uma prioridade, com perspectivas de reconhecimento de Mato Grosso como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que abriria novas oportunidades de mercado.
Apoio para o crescimento do setor
Para continuar crescendo, os suinocultores mato-grossenses precisam de apoio governamental em políticas que incentivem a comercialização. O Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), que reduz o ICMS sobre exportações, é um exemplo de medida essencial para o setor.
“Essas iniciativas dão segurança ao produtor, permitindo que ele invista na atividade sem receio de instabilidades econômicas”, conclui Frederico.
O estudo da Acrismat evidencia um setor resiliente, moderno e essencial para a economia do estado, que segue firme no compromisso de fortalecer a suinocultura mato-grossense.
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