Agronegócio

China importou volume recorde de carnes em março, mas volume deve cair

Analistas avaliam que isolamento social pode impactar resultados dos próximos meses. Indústria brasileira se antecipa para prever oscilações

No último mês de março, a China importou o volume recorde de 919 mil toneladas de carnes, das quais 390 mil toneladas são de proteína suína. As informações foram divulgadas pela alfândega do país. A maioria das compras ocorreu em janeiro, início da epidemia do coronavírus. Analistas acreditam que em abril e maio o volume pode baixar um pouco em virtude do isolamento social que ocorreu por lá nos meses seguintes. A expectativa é de que, na sequência, os desembarques voltem o aumentar.

Vamiré Sens Júnior, Gerente de Sustentabilidade Agropecuária da Seara, explicou que todos os cenários do mercado interno e externo estão sendo observados com atenção. O objetivo é tentar  prever oscilações tanto positivas quanto negativas. “A nossa área de planejamento agropecuário trabalha intimamente com as interfaces de incubatório, granja, abatedouro e indústria, tentando enxergar de maneira proativa os cenários e conduzir da melhor forma todos os processo para que consigamos trabalhar dentro de um patamar de tranquilidade”, explicou.

Ainda de acordo com Vamiré, o sistema de integração proporciona maior segurança aos produtores em momentos de instabilidade. “O integrado não têm dúvidas se ao final do lote haverá um comprador que absorverá toda a produção. É uma vantagem. O que precisamos fazer agora é nos proteger para enfrentar com segurança a pandemia do coronavírus e continuar produzindo alimentos de qualidade para a população”, finalizou.