DIRETO DO PRODUTOR

Avicultura: como identificar e tratar doenças respiratórias em aves jovens?

Para garantir a saúde das aves e a sustentabilidade da produção, os produtores devem adotar práticas de biosseguridade rigorosas e buscar assistência especializada ao menor sinal de problemas respiratórios

Avicultura: como identificar e tratar doenças respiratórias em aves jovens?

O Ligados & Integrados de quinta-feira (18) respondeu a dúvida do Sinésio Quintilhano sobre quais doenças respiratórias se propagam mais nas aves de 15 a 20 dias e quando pode se agravar?

As doenças respiratórias em aves são uma preocupação constante para produtores de aves e suínos, especialmente durante o período crítico de 15 a 20 dias de idade. A médica-veterinária sanitarista Pâmela Magalhães abordou as principais questões relacionadas à propagação e agravamento dessas doenças, além de oferecer orientações práticas para prevenção e tratamento. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

As doenças respiratórias, como a bronquite infecciosa e a colibacilose, são comuns em aves. Segundo Pâmela Magalhães, identificar o primeiro sinal de problemas respiratórios, como ronqueira, espirros ou aumento na mortalidade, é crucial.

“Quando o produtor no campo identificar o primeiro sinal respiratório, ele deve entrar em contato com o extensionista responsável pela região. O extensionista pode ir até a granja, fazer uma monitoria, uma necrópsia e identificar mais claramente as possíveis causas,” explica Pâmela.

As doenças respiratórias mais comuns na avicultura são a bronquite infecciosa e a colibacilose. Estas podem ser secundárias a outros problemas, como a qualidade do ar na granja.

Pâmela Magalhães destaca a importância de entender os fatores que contribuem para essas doenças: “Entre as principais doenças estão a bronquite e a colibacilose. O excesso de amônia, poeira e a falta de umidade podem gerar lesões no trato respiratório das aves, tornando-as mais suscetíveis a infecções.”

A qualidade do ar, a ventilação adequada e o manejo correto são fundamentais para prevenir doenças respiratórias em aves. A falta de ventilação, umidade insuficiente e o excesso de amônia são os principais fatores que podem agravar essas condições. Além disso, a qualidade da água e da cama também são importantes.

“Um erro comum que o produtor comete é na questão da ambiência: falta de ventilação, falta de umidade, e excesso de amônia. Esses fatores podem predispor a ave a lesões no trato respiratório,” afirma Pâmela.

Para tratar doenças respiratórias em aves, é essencial um diagnóstico preciso, que pode ser realizado por um extensionista. Após o diagnóstico, tratamentos específicos podem ser aplicados, incluindo o uso de moléculas antibacterianas adequadas à situação e ao mercado de destino das aves.

Pâmela ressalta a importância de medidas preventivas: “Trabalhar na prevenção e controle é fundamental. Medidas de biosseguridade, como isolamento da granja, limpeza e desinfecção no intervalo sanitário, são cruciais para reduzir a pressão sanitária.”

Ao seguir essas orientações, os produtores podem minimizar a incidência de doenças respiratórias em suas granjas, garantindo a saúde e bem-estar das aves, além de uma produção mais eficiente e sustentável.

“O conselho que eu daria é procurar o extensionista da região para apurar dados e fatos. Garantir os procedimentos de biosseguridade durante a criação do lote e no intervalo sanitário é essencial”.

Pâmela Magalhães

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