Hoje, os principais exportadores de carne de frango vendem juntos quase 13 milhões de toneladas. Até o final da década, os números devem aumentar, e não é pouco: serão 17 milhões de toneladas, 38% de crescimento. A análise é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). E sabe quem mais vai contribuir para os números crescerem tanto até lá? Você, aliás, o Brasil, com índices bastante positivos: 46% de tudo que é exportado no mundo.
O Brasil é o maior exportador de carne de frango atualmente, seguido pelos Estados Unidos. A expectativa é que, até 2029, o país siga na liderança. Entenda melhor observando o gráfico:
Apesar de não aparecerem no gráfico, outros países também devem crescer muito no comércio da proteína de frango. Destaques para a Rússia, que tem previsão de aumento de 130%, para a Tailândia, de 76%, e para a Ucrânia, de 60%. É claro que esses números podem sofrer alguma alteração por conta da crise que estamos vivendo.
O Ligados & Integrados conversou com Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), sobre as boas expectativa que vinham se mantendo em relação à produção da carne de frango no Brasil. Turra comentou os possíveis riscos para o país em decorrência da pandemia do coronavírus e afirmou que segue otimista sobre o agronegócio, acreditando que as projeções vão se confirmar.
De acordo com Turra, os números indicam que o Brasil continuará líder na avicultura e cada vez mais distante dos Estados Unidos, país que ocupa o segundo lugar no ranking. Ainda de acordo com o presidente, o coronavírus não afetou as exportações brasileiras. “Logo no início da pandemia tomamos todos os cuidados com o trabalhadores e continuamos mantendo a produção. Aliás, reforçamos um cuidado que já vínhamos tomando com quem está na ponta. Fizemos cartilhas para os integrados e transportadores e está dando certo. Nosso ano não serå perdido, até porque a demanda dos nossos cento e sessenta mercados abertos continua muito aquecida”, disse
Nos três primeiros meses de 2020, as exportações brasileiras vêm registrando resultados expressivos. Turra afirmou que os números referentes ao mês de março serão melhores em relação ao mesmo período do ano passado. “O mercado interno também está bem atendido. 70% dos 13 milhões e meio de toneladas de carne de frango que produzimos é para o mercado interno. No início da crise, houve uma corrida e muita gente estocou alimento. Mas não há registros de falta de proteínas no mercado. Ninguém tem capacidade para estocar tanto. Temos que proteger quem está trabalhando para produzir alimentos, e até acredito que o setor vai aprender a trabalhar cada vez melhor após a crise e se fortalecer. Estaremos prontos para gerar mais empregos e crescer ainda mais”, aposta Turra.