Muitos avicultores já aderiram a cerca divisória para os aviários. O material feito de pvc, pode ser um grande aliado do produtor durante o todo o ciclo. É que ele pode ajudar a melhorar a ambiência e a uniformidade do lote. Uma maneira de aumentar ainda mais a produtividade.
Na propriedade de Jair Dallabrida, em Apiúna, Santa Catarina, as cercas divisórias têm papel importante. “A instalação das cercas é feita no começo do lote, quando vem os pintinhos. Nós dividimos os espaços da pinteira em quatro partes”, diz.
Um lote mais uniforme
Com as aves mais próximas, o calor se mantém e o aquecimento fica concentrado na área onde elas estão. Geralmente em 30 a 40% da área total do galpão. Conforme os pintinhos crescem, o avicultor abre o espaço. Além das divisórias serem utilizadas para dividir a extensão do aviário, elas servem para ajudar a manter a uniformidade do lote.
Segundo o extensionista Jonathan Calegari Figueiredo, as cercas divisórias evitam que as aves fiquem acumuladas em determinadas áreas do aviário. “Ela auxilia na padronização. Por exemplo, existe uma quantidade de ave para um comedouro e um bebedouro. Com a cerca divisória, conseguimos padronizar isso. Ele fica melhor distribuído no aviário, evita a competição, o acúmulo de aves em determinados pontos, para comer ração ou tomar água”, salienta.
À medida em que o lote vai se desenvolvendo, as divisórias passam a ser importantes para manter as aves separadas. O aviário do Jair, possui capacidade para 24 mil aves. As cercas dividem cada box.
“Normalmente trabalhamos com uma cerca divisória a cada 30 metros. No caso do produtor, ele tem quatro cercas, que nos permite trabalhar com cinco boxes de aves”, diz o extensionista.
Há diversos tipos de cercas divisórias
Conforme orientação técnica, o ideal é que o produto seja de policloreto de vinila, o PVC. Esse tipo de material reduz o risco de contaminação por bactérias, além de auxiliar no cuidado com a sanidade. O extensionista destaca a fácil higienização.
“É um material fácil de limpar e auxilia na questão de qualidade de carcaça, na proteção a ave. Algumas cercas feitas com materiais inadequados podem ter pontas ou farpas que podem lesionar a ave. Consequentemente pode gerar uma dermatose ou dermatite, além de interferir no abate das aves”, diz.
E nenhum produtor quer um prejuízo desse, não é mesmo? Só que, para um resultado satisfatório, as cercas precisam ser bem higienizadas. “Normalmente o produtor faz a higienização no intervalo do lote sanitário. Ele pode usar desinfetante, para fazer o procedimento”.
As cercas são removíveis e instaladas entre as linhas de comedouros e bebedouros. No caso da cerca do produtor, o acessório possui 40 centímetros e não impede a ventilação do aviário.
“É muito bom utilizar a cerca. Porque, a tendência do frango é ficar migrando de um lado para o outro. Com a cerca, ele fica mais parado, assim ele não se amontoa”, reforça o avicultor.
Redução de doenças
O aviário do Jair é de pressão negativa, ou seja, expulsa o ar interno para o ambiente externo. Isso pode fazer com que as aves queiram se deslocar para perto do exaustor, principalmente no verão. E essa movimentação pode influenciar no resultado do lote, já que as aves precisam ganhar peso.
“Se o produtor tem a cerca divisória, esse comportamento não vai acontecer. Vamos conseguir minimizar e reduzir as perdas com dermatose e problemas com qualidade de carcaça, com o uso da cerca divisória”, salienta Jonathan.
Boa ambiência, manejo facilitado. Uma oportunidade para que as aves se desenvolvam melhor dentro do aviário, em todo o espaço que ele oferece. Claro, aliado ao manejo realizado diariamente pelo granjeiro, as cercas colaboram com o resultado final. Um lote saudável e pronto para ir ao abate. Benefícios que fazem a diferença.