A equipe de reportagem do Ligados & Integrados esteve em Amparo, no interior de São Paulo, para visitar um dos maiores frigoríficos de aves industriais do Brasil. Tiago Petrini, coordenador corporativo de meio ambiente do frigorífico, explicou que todos os processos partem de uma preocupação com a água utilizada. “No abate de frangos, como no abate de outros animais, a água é uma matéria-prima. É um insumo indispensável. Nós tratamos a água e realizamos a potabilização. Toda água que tratamos está presente em nosso processo produtivo e entra em contato com o produto. Ela é utilizada para as higienizações, para a limpeza de bandeja, para tudo que está relacionado à produção”, disse.
A partir do momento em que a água passa a fazer parte do sistema produtivo, ela deixa de ser potável e passa a compor a matéria sólida ou líquida: são os chamados efluentes.
Mas, afinal, o que são efluentes?
Efluentes são os resíduos gerados por meio das atividades humanas e industriais, provenientes de residências e empresas. No caso dos efluentes industriais, são os rejeitos gerados durante os processos da produção e que terão um destino final adequado, a fim de evitar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Petrini complementa, explicando que a água incrementa cargas que chamamos de cargas orgânicas. “Essa carga orgânica que fica junto com a água é denominada efluente. A partir daí, este efluente deve ser tratado. Nós temos uma estação de tratamento de efluentes, uma “ETE”. A água passa por processos de tratamento para atingir um parâmetro factível com a legislação e com os órgãos ambientais para posteriormente voltar à natureza”, diz.
A água presente na produção do frigorífico em que a equipe esteve vem do Rio Camanducaia. É importante reforçar que há uma autorização legal para fazer essa captação. Além de todo o tratamento, há uma equipe de controle na unidade para garantir que essa água volte para a natureza dentro dos padrões de qualidade que os órgãos ambientais exigem. “Hoje, aqui na unidade, a gente tem três operadores no sistema de tratamento de efluentes, cada um em um turno. São três turnos: dois de produção e um de higienização. Fazemos um sistema de controles aqui na unidade”, explicou a gestora ambiental Aline Zorzetti.
Há um cuidado e uma preocupação para o lançamento de efluentes no rio. “A gente trabalha com controles operacionais dentro da empresa. Nas lagoas, fazemos o controle de PH, oxigênio e trabalhamos também com o controle de sólidos. Toda essa sistemática garante a qualidade do efluente final devolvido ao rio”, diz Aline.
O equipamento chamado Jarteste mostra como é a separação dos efluentes sólidos. Nele, há uma amostra que mostra que o lodo também não é descartado. Ele vai para compostagem e vira fertilizante orgânico. Nada é perdido na unidade, já que a sustentabilidade está presente nos processos. “A gente tem um processo também desses sólidos gerados no sistema. Eles passam por um tratamento de cozimento, de centrifugação e secagem desse lodo. Então, todo o lodo que é gerado na empresa é encaminhado também, de maneira correta, para a compostagem”, finaliza a especialista.
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