DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Como identificar e tratar doenças respiratórias em aves de corte e postura?

Os produtores podem garantir a saúde respiratória das aves a partir de boas práticas de manejo e através do uso de vacinas modernas

Como identificar e tratar doenças respiratórias em aves de corte e postura?

A saúde respiratória é um dos pilares da avicultura moderna, sendo fundamental para garantir produtividade e bem-estar das aves. Doenças como laringotraqueíte, bronquite infecciosa e metapneumovirose representam grandes desafios aos produtores, com impactos econômicos expressivos e comprometimento da qualidade dos lotes.

Para discutir esse tema, o programa Ligados & Integrados recebeu o médico-veterinário Otávio Olivieri, especialista em sanidade avícola da Boehringer Ingelheim. Segundo ele, “as doenças respiratórias têm comportamento que dificulta o controle, pois muitas vezes são virais e podem ser agravadas por coinfecções no mesmo lote.”

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

De acordo com o médico-veterinário, a atenção aos primeiros sintomas é decisiva para evitar o agravamento das doenças. “Os primeiros sinais são sutis, como redução no consumo de água e ração. Em seguida, surgem sintomas mais evidentes, como espirros, corrimento nasal e ocular, inchaço de face e dificuldades respiratórias”, explica.Doenças como bronquite infecciosa podem causar problemas na qualidade dos ovos, enquanto casos mais graves, como laringotraqueíte, resultam em expectoração de sangue. Já a Newcastle e a Influenza Aviária, em sua forma agressiva, elevam a mortalidade no lote.

“A monitoria constante e a identificação precoce desses sintomas são essenciais para evitar prejuízos”, reforça o especialista.

Práticas adequadas de manejo também desempenham papel crucial na prevenção de doenças respiratórias. “O controle da qualidade do ar do aviário e da cama é indispensável. Gases nocivos e partículas em suspensão agridem o trato respiratório das aves, favorecendo a entrada de patógenos”, destaca Otávio.

No contexto de biosseguridade, ele lembra que a prevenção é sempre o melhor remédio.

“A vacinação é a forma mais eficaz de estimular a imunidade das aves. Ela pode ocorrer desde o incubatório, por meio de vacinação subcutânea, spray ou vetorizada in ovo.”

Entre os avanços tecnológicos, as vacinas vetorizadas se destacam pela eficiência e praticidade. “Essas vacinas utilizam um vírus vetor, que carrega informações genéticas para estimular a produção de anticorpos contra múltiplas doenças”, explica Otávio.

Como exemplo, ele cita a vacina VAXXITEK® HVT ND IBD. “Com uma única aplicação, protegemos as aves contra três doenças: Marek, Gumboro e Newcastle. Isso garante uniformidade e uma resposta imunológica rápida, facilitando o manejo do lote”, completa.

Para os produtores que desejam mais informações sobre o tema, Otávio destaca que a Boehringer Ingelheim disponibiliza materiais técnicos com detalhes sobre as vacinas para atender às dúvidas dos avicultores e suporte em todo o Brasil.

Com monitoramento constante, boas práticas de manejo e o uso de vacinas modernas, os produtores podem garantir a saúde respiratória das aves, preservando a produtividade e evitando perdas no plantel.


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