Uma granja, para ser certificada, deve cumprir à risca as normas de biosseguridade, e isso inclui seguir os critérios e os protocolos individuais de cada certificação. Uma produção de frangos orgânicos, por exemplo, têm legislações diferentes da produção de frangos caipiras. Mas quais são os benefícios de ser um produtor certificado? A técnica em certificações da Seara Fernanda Lisboa, explica.
“A certificação assegura a conformidade com as normas da criação, aumentando a credibilidade do processo. Além disso, permite atender os clientes engajados com sistema de sustentabilidade e bem-estar animal. Ou seja, esses clientes estão dispostos a pagar mais pelos produtos que possuem esses certificados de conformidade”, diz Fernanda.
Para se tornar um produtor certificado, basta ser do interesse do produtor. Uma vez que a unidade obtenha essa certificação e obedeça aos requisitos de clientes específicos, a integradora consegue certificar a granja.
Quais são as principais certificações internacionais agrícolas?
Segundo a técnica, é necessário passar por um processo de habilitação para esses mercados específicos. “Esses processos são medidos pelo Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que garantem requisitos de segurança alimentar e também a saúde desses animais. Porém, muitos clientes exigem auditorias de terceira parte, que são realizadas por um órgão independente. Ou seja, sem vínculo algum com as empresas certificadas. A GlobalGap é um deles”, explica.
Quais são as principais certificações nacionais agrícolas?
“Além dessas certificações requeridas por mercados mundiais, também temos uma demanda crescente de produtos que se diferenciam no mercado brasileiro”, salienta Fernanda. Essa diferenciação é possível através de um processo de criação dos animais diferenciados, como é o caso dos frangos orgânicos, caipira e dos frangos criados sem nenhum tipo de antibiótico.
“O orgânico é certificado seguindo a regulamentação brasileira. É uma legislação específica que estabelece não apenas as necessidades de uma alimentação orgânica, mas a sustentabilidade da cadeia como um todo, que passa pelo bem-estar animal e pela a sustentabilidade na propriedade, visando às questões ambientais sem agredir o meio ambiente”, conclui a técnica.