SISTEMA DE INTEGRAÇÃO

Como se tornar um produtor integrado de aves e suínos?

Produtor que tiver interesse no sistema de integração, precisa ter uma propriedade e adequá-la às normas do setor.

Granja integrada
Quem tiver interesse em se tornar integrado precisa adquirir uma propriedade

Para quem deseja entrar na produção de proteínas animais, especialmente no sistema integrado de avicultura e suinocultura, é essencial entender os primeiros passos para se adaptar ao mercado.

De acordo com Cleito Demarchi, especialista de agropecuária, o primeiro requisito é possuir ou adquirir uma propriedade rural. Com o espaço certo, o produtor pode fazer as adaptações necessárias para atender às normas do setor e, eventualmente, ingressar como parceiro integrado.

Para iniciar no sistema, Demarchi explica que o interessado precisa adequar a propriedade às normas sanitárias e estruturais exigidas. Isso envolve desde a análise de localização e acesso até a garantia de serviços básicos, como energia elétrica, iluminação e água. Além disso, a propriedade deve ter espaço suficiente para suportar a criação desejada, o que varia de acordo com o tipo de produção – aves ou suínos. Assista o vídeo abaixo para conferir a entrevista na íntegra.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

Requisitos e tamanho ideal de propriedade

Um dos questionamentos comuns entre os produtores é o tamanho da propriedade necessária. Conforme Demarchi, isso depende do tipo de animal e da fase de criação. Para atender à demanda mínima, uma propriedade inicial de 8 a 10 hectares é recomendada, podendo aumentar conforme o mix produtivo. Isso permite que a infraestrutura suporte as necessidades da produção integrada.

Além disso, o produtor precisa buscar orientações com extensionistas rurais das integradoras, onde equipes técnicas estão disponíveis para esclarecer dúvidas sobre o processo de adaptação e expansão das instalações.

Outro ponto importante para se tornar um produtor integrado é a regularização documental. Segundo Demarchi, o primeiro passo é obter as licenças ambientais, fundamentais para avaliar a adequação da terra e dos recursos hídricos, além de obedecer a regras de proteção ambiental.

Uma vez aprovadas, o produtor deve seguir para as licenças sanitárias, com registro nos órgãos responsáveis, como o Ministério da Agricultura, que fiscalizam todas as fases da produção.

A integradora oferece suporte aos produtores nesse processo, inclusive com visitas de especialistas à propriedade. Essas visitas são destinadas a orientar sobre a viabilidade das licenças e a acompanhar o andamento da documentação. Esse apoio facilita a regularização e aumenta as chances de sucesso na parceria.

Suporte técnico no sistema integrado
Integradora oferece suporte técnico para a produção de aves e suínos

Investimentos e suporte financeiro

Para iniciar uma granja de aves ou suínos no modelo integrado, o investimento inicial pode variar. Segundo Demarchi, valores aproximados para construção de galpões para corte de frangos, por exemplo, vão de R$ 1,8 a R$ 2 milhões, dependendo da tecnologia utilizada. Em sistemas de suínos, esse valor pode chegar a R$ 12 milhões, dependendo das exigências do projeto e da cadeia produtiva.

A integradora também fornece os insumos essenciais para o ciclo de produção. Para aves, por exemplo, a empresa entrega os pintinhos de um dia e toda a ração necessária. Além disso, a logística de transporte de animais e de insumos é gerenciada pela integradora, o que facilita o processo para o produtor.

A empresa também assume a responsabilidade pela comercialização do produto, garantindo um mercado para o produtor. Essa segurança comercial é uma das principais vantagens do sistema integrado, permitindo que o produtor concentre seus esforços na produção, enquanto a empresa garante a distribuição e as vendas.

Insumos na produção de aves
Na integração, o produtor recebe os insumos da integradora

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