O mercado de aves e suínos no Brasil apresentou um cenário de oscilação de preços ao longo do mês de agosto de 2023, com fatores como demanda, oferta e projeções futuras desempenhando papéis cruciais.
Aves
Desde março deste ano, o mercado de carne de frango no Brasil vinha enfrentando quedas nos preços. Contudo, no início de agosto, houve uma reviravolta nos valores.
Esse movimento se atribui ao “enxugamento” da oferta de carne, que foi o principal fator de pressão sobre os preços nos meses anteriores. Além disso, é comum um aquecimento da demanda no início do mês, devido ao pagamento de salários, o que aumenta o poder de compra da população.
“Esse aumento da demanda impulsionou os preços e melhorou o poder de compra do avicultor na primeira metade do mês. No entanto, na segunda metade de agosto, os preços da carne de frango voltaram a recuar. Isto ocorre em decorrência da tradicional redução na procura por proteína nesse período e do aumento da competição com outras carnes” diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
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Suínos
O mercado de carne suína apresentou um comportamento semelhante ao do frango em agosto. No início do mês, houve um aumento na demanda e, consequentemente, uma recuperação nos preços da proteína.
Entretanto, na segunda metade do mês, as cotações registraram um recuo devido à menor procura típica por carne suína nesse período e à maior competitividade com a carne bovina.
Mercado: projeções da ABPA
Além desses movimentos de mercado, no mês de agosto, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou projeções promissoras para a produção e exportação de carne de frango e suína em 2023. Essas projeções indicam um crescimento consistente na produção e no mercado internacional para essas proteínas.
O mercado de aves e suínos no Brasil é influenciado por uma série de fatores sazonais e econômicos. A análise de agosto mostra como a oferta e a demanda podem afetar significativamente os preços das carnes, com reflexos na cadeia produtiva.
Dessa forma, as projeções otimistas da ABPA sugerem que o setor continuará desempenhando um papel vital na economia do país e na exportação de proteínas animais para o mundo.
