A unidade produtora de suínos desmamados (UPD), é a primeira das etapas de produção nos sistemas de integração. É lá que os leitões nascem e ficam até os 28 dias de vida com a mãe. São necessários muitos cuidados para que os animais se desenvolvam bem.
Conhecemos de perto uma granja, localizada em Jateí, Mato Grosso do Sul. A etapa de recria, a primeira das etapas, acontece em três barracões de gestação coletiva.
Segundo o coordenador de agropecuária Weslley Rabelo. As fêmeas chegam com aproximadamente sessenta dias de vida e ficam ali até completarem cem.
“Essa etapa é muito importante para produção de leitões, porque é no barracão que a fêmea se aclimata. Ou seja, tem o primeiro contato com a microbiota da granja. Fazemos uma adaptação de aclimatação em micoplasma – que é uma bactéria comum no plantel de suíno brasileiro”, diz.
Passados quarenta dias, é feita uma seleção para que as fêmeas possam reproduzir. O manejo é feito através do cobre-solta, onde após o desmame e inseminação, as fêmeas permanecem novamente em alojamento coletivo. Depois de inseminadas, as fêmeas vão para as baias de gestação coletiva. Ali, elas têm água à vontade, mas a alimentação respeita um volume específico de acordo com a nutrição e a genética do animal.
Bem-estar animal
Segundo Wesley Rabelo, o principal motivo para investir nas baias de gestação coletiva é o bem-estar animal. “Os animais ficam durante todo o período de gestação livres de gaiola. Aqui, eles são livres e podem caminhar. A baia atende à densidade ideal, ou seja, a quantidade ideal de fêmeas por metro quadrado”, diz.
Nessa fase, as fêmeas permanecem por 110 dias em gestação nas baias. Apenas são retiradas se houver algum problema sanitário ou doença entre elas. Quando já estão prestes a parir – cinco dias antes -, são levadas para a maternidade.
“É na maternidade que o leitão, de fato, nasce. Ele permanece por um período de 28 dias com a mãe. Esse processo marca o fim do manejo nessa unidade e também o início da vida dos leitões daqui em diante. Uma nova etapa na nossa cadeia produtiva começa a partir daqui”, salienta.
Pequeninos e bem cuidados
Tudo o que é feito na maternidade reflete em toda a vida do animal. A mamada do colostro, que é o primeiro leite do recém-nascido, é essencial para fornecer aos leitões os primeiros anticorpos, melhorando sua imunidade ao longo do ciclo de produção.
“Claro que temos que ter cuidado com a matriz, com a mãe. É ela que fornece o leite, tão importante para ajudar a garantir o peso ideal dos animais e para que sigam com uma condição favorável para a próxima etapa da produção”, explica.
O bem-estar animal dentro da UPD, vai proporcionar o máximo de conforto para o leitão, para assim seguir a próxima etapa da cadeia produtiva: o crechário.
Gostou do conteúdo? Acesse também o canal do Youtube do Ligados&Integrados