ATUALIZAÇÃO

Custos de produção de suínos e frangos de corte apresentam leve aumento em abril

É essencial que avicultores e suinocultores monitorem constantemente os custos de produção e adaptem suas estratégias de acordo com as flutuações de preços dos insumos

Os custos de produção de suínos e frangos de corte apresentaram um leve aumento no mês de abril. Os números foram divulgados pela Embrapa Suínos e Aves através da Central de Inteligência de Aves e Suínos. Assista ao vídeo abaixo e confira a análise na íntegra.

Aris Jarbas Sandi, analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, explica que a oscilação nos custos de produção de suínos, que vinham em queda desde dezembro, teve um leve aumento de março para abril. Esse aumento se deve principalmente à entressafra de milho e soja no Brasil, que elevou os custos de produção.

A entrada na entressafra de milho e soja impactou os custos de produção de suínos e frangos de corte. Em Santa Catarina e Paraná, usados como referência nos cálculos da Embrapa, o aumento dos preços desses insumos foi um fator determinante. O preço do milho vem aumentando cerca de 2% em relação ao mês de abril, enquanto o farelo de soja subiu 1,5%.

No caso do frango de corte no Paraná, o principal fator de aumento foi o preço do pintinho de corte de um dia de idade, além de um aumento no custo de capital. A taxa de referência utilizada em abril foi de 10,48%, impactando os custos finais. No entanto, a energia elétrica, embora tenha um impacto menor, apresentou queda devido às chuvas e à máxima produção das hidrelétricas.

Ao analisar o acumulado do ano, observa-se que os custos de produção do frango de corte tiveram uma queda de 3,1%, enquanto os custos de suínos caíram 9,3%. Essa diferença se deve aos diferentes modelos de negócios. Na suinocultura, a Embrapa calcula os custos para produtores independentes, que adquirem menores volumes de milho e farelo de soja e, portanto, são mais impactados pelos preços dos insumos.

Já a produção de frango de corte é dominada por agroindústrias que operam em sistemas de integração vertical. Esses modelos permitem a aquisição de insumos alimentares em volumes maiores e a preços mais competitivos, resultando em menor impacto nos custos de produção.

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