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Granjas de matrizes: veja como aliar desempenho zootécnico e lucratividade

Para um bom retorno financeiro, pelo menos 70% das fêmeas devem chegar ao terceiro parto

 

O sucesso nos negócios depende do equilíbrio entre custos de produção e lucro. Para justificar o alto investimento em matrizes na suinocultura, as leitoas devem apresentar bom desempenho reprodutivo, resultado de um manejo adequado. Para auxiliar os produtores, algumas metas de produção são estabelecidas e ajudam a identificar possíveis falhas técnicas. O extensionista de UPD (Unidade de Produção de Leitões Desmamados) Rangel Hertzog, de Caxias do Sul (RS), é quem dá as dicas para atender aos indicadores na produção de matrizes. 

Retenção de matrizes 

“Os custos e o desempenho zootécnico dos animais são dois aspectos relevantes na suinocultura. Matrizes são os ativos das granjas. Para uma boa lucratividade, a taxa de retenção das leitoas deve ser de no mínimo 70%, ou seja: o produtor deve garantir que 70% das matrizes que recebe por mês cheguem pelo menos até o terceiro parto, gerando um número mínimo de leitões que varia entre 40 e 45. Isso representa um bom desempenho reprodutivo e permite que os investimentos se paguem. A idade média do plantel também deve ser observada, já que animais jovens expressam ao máximo seu potencial reprodutivo. O ápice da produção das matrizes vai do terceiro ao quinto ciclo. Quanto maior o número de animais nessa faixa etária, melhores são os resultados zootécnicos”. 

Melhoramento genético

“Pensando na cadeia de produção como um todo, os animais disponibilizados para as fases de creche e terminação terão um ganho genético cada vez maior, pois um melhor potencial genético é expressado nas fases seguintes. Estamos falando de animais de alta performance. Quanto mais adequada estiver a taxa de retenção e mais jovens forem os animais reprodutores,  melhor. A taxa de retenção é o ponto de equilíbrio entre retorno financeiro e melhoramento genético”. 

Gestão à vista

“Para alcançar bons indicadores indicadores da taxa de retenção, é essencial acompanhar os resultados dos lotes por meio de um programa de gestão. 95% da leitoas recebidas devem ser  inseminadas, 87% devem chegar ao primeiro parto, 82% ao segundo parto e, finalmente, entre 70% e 75%, no mínimo, ao terceiro parto. Três partos representam um ano e meio de vida de uma fêmea. Se houver um desvio de produção por questões sanitárias, por exemplo, ou perdas aceleradas, as causas devem ser avaliadas e contornadas para que as metas sejam atingidas. Nosso objetivo é obter os melhores resultados alinhando ganho zootécnico e ganho financeiro, e trabalhamos muito forte para a evolução desses indicadores”.