As infecções respiratórias em frangos de corte além de prejudicarem o bem-estar das aves, geram impactos negativos na produtividade e na qualidade dos lotes. Entre os prejuízos estão o aumento da mortalidade e os custos com tratamentos, que podem comprometer a rentabilidade das granjas.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com a médica-veterinária e sanitarista Andressa Pastuczenko, da Seara. Durante a entrevista, ela abordou a importância da prevenção, os principais fatores que favorecem a propagação dessas doenças e os sinais de alerta que o produtor deve observar em seu plantel. Assista ao vídeo abaixo e confira a explicação na íntegra.
Doenças respiratórias mais comuns em frangos de corte
Sim, a aerossaculite é infectocontagiosa, respondeu Andressa. Trata-se de uma inflamação dos sacos aéreos das aves, causada por vírus, bactérias ou fungos. “Quando esses agentes estão presentes, a doença pode se propagar rapidamente entre as aves, especialmente se o ambiente não estiver adequado”, explicou.
Entre as doenças respiratórias mais comuns que afetam os frangos de corte, destacam-se a bronquite infecciosa, a laringotraqueíte, a colibacilose e o pneumovírus. Há ainda a influenza aviária e a doença de Newcastle, que são controladas no Brasil por meio de rigorosos programas sanitários, o que garante o status de zona livre dessas enfermidades.
Outro fator apontado pela especialista foi a importância do controle ambiental. Segundo ela, “o acúmulo de amônia nos aviários favorece o aparecimento de doenças respiratórias, tornando essencial a manutenção de um ambiente limpo e bem ventilado”.
Biosseguridade como ferramenta essencial
A biosseguridade é uma das principais medidas para evitar a entrada de agentes infecciosos nas granjas. Andressa destacou que a troca de roupas e botas ao acessar os aviários, assim como a desinfecção entre os lotes, são práticas fundamentais. “Essas ações criam uma barreira de proteção, reduzindo as chances de contaminação”, afirmou.
Ela também reforçou a importância de seguir as orientações do extensionista rural para manter o ambiente ideal no aviário. “Ventilação adequada, regulagem do painel de controle e acompanhamento das mudanças climáticas ajudam a prevenir doenças”, disse.
Para os produtores, a adoção de boas práticas de manejo, aliada a um programa de vacinação eficiente, é a melhor forma de proteger os lotes e garantir a produtividade.
“Os programas vacinais são desenvolvidos com base em análises regionais, garantindo proteção desde a saída do incubatório”, explicou.
Além disso, manter o aviário aquecido, com água e alimento de qualidade, ajuda a fortalecer a imunidade das aves.
Sinais de alerta e tratamento
Entre os sintomas que indicam a presença de doenças respiratórias nas aves, estão a apatia, aumento da mortalidade, tosse e espirros. “Se o produtor identificar esses sinais, deve informar imediatamente o extensionista para que sejam tomadas as medidas necessárias”, orientou Andressa.
Caso a doença seja confirmada, o tratamento pode incluir o uso de antibióticos, conforme protocolos definidos. “A monitoria sanitária é essencial para avaliar a gravidade do quadro e implementar o manejo adequado”, completou a veterinária.
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