A partir da criação da Lei da Integração, em 16 de maio de 2016, estabeleceram-se uma série de obrigações e responsabilidades para os produtores integrados e as agroindústrias, trazendo mais clareza, segurança e transparência para ambas as partes. No Ligados & Integrados, desta quinta-feira (16/05) conversamos com representantes do setor sobre o progresso da lei nesses 8 anos de vigência. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.
Carlos Eduardo Maia, avicultor na região de São João do Caiuá (PR), coordenador de Cadec e membro da Comissão Técnica de Avicultura da FAEP, destaca que a lei trouxe segurança e possibilitou investimentos significativos na avicultura. Com regras claras e um amplo diálogo com a indústria, os produtores conseguiram estabelecer benefícios que antes não eram discutidos, proporcionando uma relação mais equilibrada e transparente.
Adroaldo Hoffman, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), complementa que a lei ajudou a afastar a possibilidade de vínculo empregatício entre produtores e indústrias, promovendo uma relação de parceria e preparando os produtores para discutir as variáveis do negócio de forma mais eficiente.
Oito Anos de Progresso
As Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADECs) foram criadas para facilitar o diálogo entre produtores e integradoras, resolvendo dificuldades e garantindo que todos os envolvidos se beneficiem.
Desafios e Perspectivas
Apesar dos avanços alcançados, ainda existem desafios a serem superados para garantir o desenvolvimento sustentável da avicultura e suinocultura no Brasil. Entre os principais desafios estão:
- Implementação plena da lei: A efetiva aplicação da lei em todo o território nacional é fundamental para garantir os direitos dos produtores integrados;
- Fortalecimento das Cadecs: As Comissões Estaduais de Acompanhamento e Desenvolvimento da Integração (Cadecs) precisam ser fortalecidas para desempenhar plenamente seu papel de mediadoras na relação entre produtores e integradoras;
- Redução da volatilidade dos preços dos insumos: A oscilação dos preços dos insumos, como ração e medicamentos, representa um grande risco para a lucratividade dos produtores;
- Aumento da diversificação dos mercados: A diversificação dos mercados consumidores é essencial para reduzir a dependência do mercado interno e garantir a estabilidade das exportações.
O Futuro da Integração
O futuro da avicultura e suinocultura no Brasil depende da contínua evolução da relação entre produtores integrados e empresas integradoras. A Lei da Integração, juntamente com outros instrumentos legais e iniciativas do setor, oferece um marco sólido para o desenvolvimento sustentável da atividade.
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