Ligados & Integrados

Perus: Transporte é dividido entre etapas de produção e por peso das aves

Desafio começa no deslocamento dos ovos para os incubatórios e se estende à captura e carregamento dos animais para o abate

 

Transportar perus não é nada simples. Para começar, levar os ovos das matrizes para os incubatórios é uma atividade delicada. Depois, carregar os filhotinhos de um dia exige cuidados especiais. Mais desafiador ainda é capturar os maiores e dar conta de carregar. Além disso, os perus têm três pesos diferentes e, para cada peso, um tipo de transporte. Ficou curioso? Conheça a seguir cada uma das etapas. 

Da granja de ovos férteis para o incubatório

O transporte das granjas de ovos férteis para os incubatórios acontece três vezes por semana. As bandejas utilizadas no processo são identificadas com cores específicas para cada integrado, e os caminhões também são exclusivos para a finalidade. Dentro deles, a temperatura deve ser controlada entre 18 e 20 graus, e a umidade relativa entre 60 e 80 por cento. Para evitar possíveis contaminações, o motorista não tem contato com a carga. 

Do incubatório para o integrado

Para transportar perus de corte de um dia, os caminhões também são exclusivos. Antes do carregamento, a limpeza e o funcionamento do baú são checados e são verificadas a temperatura e a umidade para garantir a qualidade do transporte. São carregados em caixas azuis os machos e em caixas brancas as fêmeas. Para assegurar o conforto e o bemestar dos peruzinhos durante o trajeto até o integrado,  o número de caixas é limitado a 60 unidades. Após a descarga, os baús são lavados e desinfetados. “É uma questão de biosseguridade. Todos os equipamentos devem estar limpos para o transporte dos animais ao próximo integrado”, diz Claudimar Coelho, analista de logística agropecuária. 

Da granja de iniciadores para a granja de terminadores

Os caminhões que fazem a transferência dos perus da granja de iniciadores para a granja de terminadores são adaptados com cobertura e aletas laterais. No inverno, quando fechadas, as aletas impedem a entrada de frio ou chuva. No verão, as aletas abertas forçam a passagem do ar, ventilando os animais. “Assim, proporcionam às aves conforto térmico em qualquer clima. Paradas durante o trajeto não são permitidas”, destaca Claudimar. 

Três pesos, três tipos de transporte

No transporte dos perus para o abatedouro, todos os veículos são rastreados para assegurar o bemestar dos animais. Um protocolo determina a quantidade de aves por gaiola de acordo com o peso e deve ser respeitado. “Na apanha, são três diferentes pesos de perus: as fêmeas leves têm entre 4 e 5 quilos e podem ser acomodadas até seis por gaiola;  as fêmea pesadas têm entre 6 e 12 quilos e podem ser acomodadas até quatro por gaiola; por fim, os machos pesados, têm entre 20 e 22 quilos e podem acomodados até 2 por gaiola. O peso máximo de cada gaiola é de 50 quilos”, diz Claudimar.  

Abate: galpão de espera, plataforma e desempilhador de descarga 

Antes do abate, as aves precisam de pelo menos vinte minutos de descanso no galpão de espera. A estrutura possui um sistema automático de climatização com sensores de presença, que ligam ventiladores e nebulizadores quando necessário. A temperatura programada para ligar os ventiladores é de 17 graus, já os nebulizadores são acionados quando a temperatura passa dos 20 graus e a umidade do ar é inferior a 70 por cento. A plataforma é automática: o operador só precisa engatar a corrente e acionar a mecânica do sistema, que puxa todas as caixas para uma esteira que leva ao desempilhador. Finalmente, as caixas são encaminhadas para o abate.

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