A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul apresentou nesta segunda-feira (27) um balanço das ações para enfrentamento da gripe aviária no Estado.
Desde o primeiro caso registrado em maio, o Rio Grande do Sul contabiliza quatro focos confirmados de gripe aviária, todos em animais silvestres, no litoral. Os primeiros registros de mamíferos marinhos infectados ocorreram em outubro. Até o momento, 891 mamíferos marinhos doentes ou mortos foram localizados na região.
Para conter a disseminação do vírus, o governo do Estado intensificou as ações de vigilância ativa e educação sanitária. Desde janeiro de 2023, o Serviço Veterinário Oficial já realizou 6.512 ações de vigilância ativa, com estimativa de 7,06 milhões de aves observadas. Além disso, foram realizadas 4.456 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 3 milhões de pessoas.
Até o momento, foram recebidas 203 notificações de casos suspeitos de gripe aviária, com colheita de amostras em 51 dessas ocorrências e confirmação de quatro casos. Nenhum desses casos são de aves de produção, o que mantém o status sanitário do Estado e do país.
Desafios
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, destacou a importância da integração entre os órgãos públicos e o setor produtivo para evitar a entrada do vírus H5N1 na avicultura comercial.
“Os produtores têm mantido ações de biosseguridade em suas granjas, para impedir a entrada do vírus em seus plantéis”, afirmou.
Além da gripe aviária, o presidente da Asgav lista como os principais desafios atuais dos avicultores gaúchos o alto preço do milho grão, que compõe 70% da ração das aves; flutuação dos preços da carne e dos ovos no mercado internacional; e questões de competitividade dentro do mercado doméstico.
“De 50 a 55% da carne de frango comercializada no Rio Grande do Sul vem de outros estados. Por que estamos perdendo espaço dentro do nosso próprio mercado? Estamos trabalhando junto com as secretarias da Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Econômico para buscar um mecanismo de equilíbrio”, concluiu
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