Plantel brasileiro segue protegido contra a gripe aviária
O setor de proteína animal segue atento aos desafios e tendências que devem marcar o ano de 2025. Fatores como demanda global, sanidade animal e movimentações no comércio internacional podem influenciar diretamente a competitividade do Brasil no mercado mundial.
Segundo Gabriel Morelli Ribeiro, gerente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a influenza aviária segue como uma das principais preocupações do setor. Enquanto diversos países enfrentam surtos, como os Estados Unidos, principal concorrente do Brasil, a avicultura nacional se mantém livre da doença em plantéis comerciais, o que fortalece sua posição como fornecedor confiável.
“Vejo como muito positivo esse ano tanto na parte tarifária que o Brasil consiga melhores acessos por conta da atual política e comercial dos Estados Unidos e também pra questão da biosseguridade que o Brasil”
Gabriel Morelli Ribeiro, gerente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
Exportação de material genético e fortalecimento da produção
Brasil exportou 377 milhões de ovos férteis em 2024
O Brasil vem se destacando também na exportação de material genético. Em 2024, foram embarcados 377 milhões de ovos férteis, o equivalente a 300 milhões de pintainhos, contribuindo para o equilíbrio do mercado interno. O crescimento desse segmento reforça a capacidade produtiva e a relevância tecnológica da avicultura brasileira.
“Quem exporta material genético é porque está em um nível tecnológico importante, isso só beneficia a imagem da avicultura brasileira” – Ivan Pupo, presidente da Aviagen América Latina
A expectativa para o primeiro semestre de 2025 é de bom desempenho, mantendo a tendência de crescimento observada em 2024. No entanto, a segunda metade do ano pode trazer desafios, como oscilações na oferta e demanda e dificuldades relacionadas à mão de obra e manutenção da sanidade animal.
O mercado interno também deve seguir aquecido, impulsionado pelos altos preços da carne bovina e suína. Com isso, o frango continua sendo a opção mais acessível para os consumidores, consolidando sua participação na dieta da população brasileira.
A segurança alimentar e o cumprimento das normas sanitárias também são aspectos essenciais para a sustentação do mercado. Para o Allan Alvarenga, secretário adjunto de defesa sanitária do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), a Lei 14.515, publicada no final de 2022, fortaleceu os programas de autocontrole das agroindústrias, garantindo maior confiabilidade na produção e facilitando a abertura de novos mercados.
“Existem várias exigências a exigência da biosseguridade a exigência da qualidade do produto final Então tudo isso tá de certa forma distribuído nos programas de autocontrole”
Allan Alvarenga, secretário adjunto de defesa sanitária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
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Com boas perspectivas para 2025, o setor de proteína animal brasileiro segue focado em manter sua eficiência produtiva, ampliar as exportações e assegurar a qualidade dos produtos, reafirmando sua importância no abastecimento global de alimentos.
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