A utilização de óleos funcionais extraídos do pequi e baru na dieta de frangos de corte é tema de pesquisa realizada na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O intuito do estudo, conforme os pesquisadores é a busca por produtos alternativos aos antibióticos melhoradores de desempenho de aves.
O projeto, que recebe o nome de “Melhoradores de desempenho sustentáveis de origem do cerrado na dieta de frangos de corte”, é de responsabilidade do docente João Garcia Caramori Júnior, e do pesquisador convidado Jean Kaique Valentim, doutor em Zootecnia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
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Conforme Jean Kaique Valentim, existe hoje na avicultura uma tendência para a substituição dos antibióticos sintéticos utilizados em dietas de frangos de corte como melhorador de desempenho animal.
“A busca por produtos alternativos aos antibióticos, de modo eficiente e sustentável, sem causar possíveis riscos aos animais e aos seres humanos tem sido recorrente, e é objeto desse trabalho”, explica o pesquisador convidado da UFGD.
Óleos possuem grande poder antimicrobiano
De acordo com os pesquisadores, a escolha pelo uso dos óleos funcionais de origem do cerrado se dá pelo grande poder antimicrobiano, que seleciona bactérias boas dos animais, melhorando a flora intestinal.
“Se destacam por terem uma capacidade de atuar com moduladores de microbiota intestinal, e melhoradores de sistema imunológico dos animais e de seu crescimento”, observa Jean Kaique Valentim.
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Além dos óleos funcionais extraídos do pequi e do baru, outros óleos são utilizados como o do alho e tomilho. Com o uso das frutas pequi e baru o uso é inédito.
“O projeto tem duração total de 24 meses, devendo iniciar ainda esse ano. Iremos verificar a execução das demais etapas, como a melhor viabilidade para uso dessas frutas”, pontua Jean Kaique Valentim.
Incentivo financeiro auxilia nos trabalhos
A pesquisa foi aprovada no Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo o professor João Garcia Caramori Júnior, o incentivo financeiro é de suma importância para a condução dos trabalhos, pois é uma forma de garantir melhores resultados.
“Busca-se obter apoio e interligação do projeto com outros grupos de estudo da UFMT, visando maior cooperação e amplo aprendizado entre alunos de graduação, pós-graduação e professores”, ressalta João Garcia Caramori Júnior.
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