Cada etapa da produção do frango exige uma temperatura diferente. A equipe do programa Ligados & Integrados foi conferir como a ambiência interfere diretamente no desenvolvimento das aves e o que fazer para manter os níveis corretos.
Antes mesmo da chegada dos pintinhos, o aviário já deve estar climatizado. O granjeiro Eduardo Mazolla conta que é preciso montar os pinteiros (local onde ficam as avezinhas) e ligar a fornalha para aquecer o ambiente pelo menos 24 horas antes do momento do alojamento.
“É preciso oferecer uma temperatura mínima de 35 graus na cama para o pintinho chegar e ter conforto térmico para beber e comer ração”, diz o produtor.
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A temperatura muda em cada fase da produção, acompanhando os estágios de desenvolvimento das aves. “Ela chega com 35 graus, vai para 32, depois para 30, estabiliza, e vem baixando com a necessidade do desenvolvimento da ave. Quanto maior a idade, menor a temperatura”, afirma Eduardo Mazolla.
De acordo com o gerente de agropecuária Rafael Ferraz, as aves são animais homeotermos, isto é, mantêm a temperatura corporal constante em cerca de 41 graus e não têm glândula sudorípara. “Durante a fase de alojamento, a temperatura ambiente é mais alta, em torno de 32 graus, para expressar seu comportamento para explorar o máximo do potencial genético que nos fornecem”, complementa.
Se as aves se sentem à vontade com a temperatura, elas se alimentam de forma ideal, ganhando peso mais rapidamente e aproveitando melhor os nutrientes da ração. Dessa forma, se desenvolvem com qualidade.
“O acompanhamento do produtor se faz necessário porque ele tem que proporcionar o bem-estar para que as aves se sintam bem e aproveitem os nutrientes. Com isso, vão ter maior consumo de água e vão ganhar peso maior, atingindo a idade de abate antes e assim transformando o custo e a produtividade para o produtor”, afirma Rafael Ferraz.
O programa Ligados & Integrados desta terça, 25, ainda recebeu o nutricionista animal Keysuki Muramatsu, que afirmou que, caso a temperatura aumente muito, as aves podem ficar ofegantes. “Como são animais homeotérmicos e não suam, podem não resistir e chegar até a morte”, diz o especialista.
Além da olhar atento do produtor, também é essencial o apoio da tecnologia para o controle ideal da temperatura, acompanhamento 24 horas por dia e registro das informações.