A suinocultura independente em São Paulo é uma atividade vital, mas está repleta de desafios significativos. O Ligados & Integrados conversou com Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), para entender a dinâmica desse setor e como a APCS está trabalhando para apoiar os suinocultores independentes.
Suinocultores independentes
Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS, destaca que os suinocultores independentes em São Paulo enfrentam obstáculos consideráveis.
Um dos principais desafios é o custo de produção elevado, devido à dependência de grãos importados, como milho e farelo de soja. Além disso, a contratação de mão de obra qualificada é um problema recorrente. São Paulo não é um estado tradicional na produção de grãos, o que resulta em custos mais altos para os criadores. Limitações no acesso ao mercado também estão entre os desafios críticos, uma vez que o estado possui um número restrito de frigoríficos.
“O custo de produção, a falta de mão de obra qualificada e a dependência de grãos importados são nossos maiores desafios. Precisamos trabalhar na eficiência da produção para superar essas barreiras.”
A Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) desempenha um papel crucial no apoio aos suinocultores independentes. Valdomiro destaca a informatização para questões ambientais, a gestão tributária e a facilitação da comercialização como áreas de atuação da APCS. A APCS tem implementado um sistema informatizado para questões ambientais e tem contribuído na gestão tributária. Além disso, promove a comercialização de suínos para atender nichos de mercado no estado.
“Estamos implementando um sistema informatizado para questões ambientais e colaborando na gestão tributária. Também promovemos a comercialização de suínos para atender nichos de mercado no estado.”
Perfil dos produtores
A maioria dos produtores independentes de suínos em São Paulo incorpora a suinocultura como uma segunda ou terceira atividade econômica em suas propriedades, frequentemente relacionada à lavoura, como a caficultura e a cana-de-açúcar. Além disso, o compartilhamento de recursos, como dejetos para adubo orgânico, é uma prática comum entre esses criadores.
“A sobrevivência da suinocultura paulista frequentemente depende da integração com outras atividades econômicas na propriedade, como lavoura e compartilhamento de recursos, como adubo orgânico.”
As granjas dos suinocultores independentes na região estão em conformidade com os padrões tecnológicos dos estados do sul e centro-oeste. Há uma ênfase significativa no bem-estar animal, com instalações que proporcionam conforto aos suínos.
“As granjas em São Paulo atendem a padrões tecnológicos semelhantes aos dos estados do sul e centro-oeste, com foco no bem-estar animal e conforto nas instalações.”
O mercado e o futuro da suinocultura em São Paulo
São Paulo é um grande consumidor de carne suína, porém, produz apenas uma pequena fração do que consome. Valdomiro destaca os desafios de ser um estado importador e as estratégias para enfrentar essa situação, como atender nichos de mercado específicos.
“São Paulo é o único estado da federação que importa carne suína. Estamos comprometidos em atender nichos de mercado e buscar maior autossuficiência na produção.”
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