POR ARIEL MENDES

Lesões de pele em frangos: como evitá-las

Descubra como preservar a integridade da pele dos frangos e evitar perdas de até 10% do peso da carcaça no abatedouro

Fotos: Deivid Kelly Barbosa
Fotos: Deivid Kelly Barbosa

Servir como proteção e barreira contra o meio externo e auxiliar no controle da temperatura corporal são algumas das múltiplas funções da pele. Nos frangos, a integridade desta pele pode ser afetada por alguns fatores, como: qualidade da cama, empenamento, manejo e sanidade. 

Entre as lesões mais comuns estão celulite, dermatoses, dermatites e arranhões, que podem levar a condenações parciais no abatedouro, causando perdas de até 10% do peso da carcaça ao retirar estas lesões.

As penas, além de auxiliarem na manutenção da temperatura corporal, ajudam na proteção da pele contra feridas. 

A genética atual procura selecionar aves de empenamento rápido, mas existem diferenças entre sexos, sendo que as fêmeas apresentam este crescimento mais rápido que os machos. 

Esta característica é utilizada para fazer a sexagem das aves com um dia de idade no incubatório, uma vez que, normalmente, os lotes de machos são alojados separadamente, a fim de facilitar a nutrição e o manejo. 

Biotina, selênio e zinco são nutrientes que auxiliam na manutenção da qualidade da pele. 

Já o manejo tem um papel importante no aparecimento de lesões, com destaque para a qualidade da cama e a taxa de lotação no galpão, uma vez que as aves passam parte do tempo deitadas, facilitando o aparecimento das dermatites de contato.

Quantidade insuficiente de comedouros e bebedouros torna-se a principal causa dos arranhões, pois as aves se amontoam na hora de beber e comer. Varíola, bouba e doença de Marek cutânea apresentam-se como as enfermidades que facilitam as lesões inflamatórias nos folículos das penas e, consequentemente, lesões de pele.

Questões relacionadas com o manejo, programa de luz, intervalo entre lotes, nutrição e sanidade estão interligadas e podem potencializar os problemas de lesões de pele. 

À integradora, cabe o papel de definir taxas de lotação adequadas de acordo com a região e a qualidade das instalações, bem como o fornecimento de ração com níveis corretos de micronutrientes e um programa de vacinação eficiente.

Já o produtor é o responsável por manter a cama em boas condições, regular altura dos comedouros e bebedouros e manter a ambiência com níveis adequados de temperatura, umidade e ventilação dentro do galpão. 

Com isso, ganha o(a) integrado(a), evitando descontos na remuneração do lote, e a integradora, com menores taxas de condenações parciais no abatedouro.

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