O Brasil continua a se destacar como um dos maiores exportadores de proteínas animais no cenário global, com a carne suína e de frango registrando resultados expressivos em setembro. Tanto em volume quanto em receita, os dois setores mostram crescimento, reforçando o protagonismo do país no mercado internacional de proteínas.
Resultados positivos em volume e receita
De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne suína alcançaram 120,4 mil toneladas em setembro, 7,3% acima do mesmo período de 2023. Em receita, o aumento foi de 15,9%, totalizando US$ 283,7 milhões. Esse desempenho é o segundo maior da história, ficando atrás apenas de julho de 2024.
Enquanto isso, o setor de carne de frango também na direção de resultados expressivos, registrou embarques de 485 mil toneladas, uma alta de 22,1% em relação a setembro de 2023. O crescimento da receita também foi significativo, com US$ 953,8 milhões, um aumento de 32,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Mercados importadores diversificados
Tanto para a carne suína quanto para a carne de frango, o Brasil tem expandido sua presença em mercados tradicionais e conquistado novas posições de destaque. No setor de suínos, as Filipinas se consolidaram como o principal destino das exportações brasileiras em setembro, com 28,2 mil toneladas, um crescimento impressionante de 120,4% em comparação a 2023. Já a China, embora tenha apresentado uma queda de 40,7%, continua sendo um dos maiores compradores.
No setor de frango, a China manteve-se como o principal importador, com 55,1 mil toneladas. Outros mercados, como os Emirados Árabes Unidos e o Japão, registraram aumentos expressivos, com altas de 17,6% e 48,6%, respectivamente.
Estados exportadores em destaque
A liderança no cenário nacional de exportações de ambas as proteínas também é bem distribuída. Santa Catarina se manteve como o maior exportador de carne suína, com 62 mil toneladas em setembro, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. Para a carne de frango, o Paraná liderou com 195,6 mil toneladas, 20% a mais do que em setembro de 2023.
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Os outros estados produtores, como Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso, também tiveram desempenhos positivos, reforçando a importância das regiões na consolidação das exportações brasileiras.
“A elevação nos preços médios das exportações e o aumento das demandas por mercados de alto valor agregado, como Japão e União Europeia, são fatores decisivos para o desempenho robusto das exportações brasileiras tanto de carne suína quanto de frango”.
Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Expectativas para o fechamento de 2024
Com a perspectiva de continuidade na valorização dos preços e o aumento das exportações, espera-se que tanto o setor de suínos quanto o de frango terminem o ano de 2024 com crescimento superior ao de 2023.
A diversificação dos mercados, o aumento nas demandas de países da América Latina e a consolidação de mercados asiáticos como Filipinas e Japão devem continuar impulsionando as exportações.
O fortalecimento das exportações brasileiras reflete o papel estratégico que a suinocultura e a avicultura desempenham na economia nacional, consolidando o Brasil como um fornecedor global de proteína de qualidade.
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