A indústria de proteína animal no Brasil consolida sua posição como líder global. Recentemente, o setor de carne suína alcançou um marco histórico: as Filipinas ultrapassaram a China e se tornaram o maior mercado consumidor do produto brasileiro. Paralelamente, a África do Sul subiu no ranking e se tornou o quinto maior destino das exportações de carne de frango.
Esses resultados demonstram a capacidade do Brasil em diversificar mercados, reduzindo a dependência de grandes compradores tradicionais, como a China. Além disso, a desvalorização cambial tem favorecido o desempenho financeiro das exportações, fortalecendo ainda mais a competitividade do país no mercado internacional. Entenda mais o cenário do setor de aves e suínos assistindo ao vídeo abaixo.
Filipinas: novo protagonista na compra de carne suína
As Filipinas enfrentam desafios críticos em sua produção de carne suína devido à peste suína africana, que impossibilita a recuperação rápida de seus rebanhos. Com isso, o país intensificou suas compras no mercado brasileiro, tornando-se um parceiro estratégico para o setor.
Embora as exportações para a China tenham diminuído em volume, o Brasil conseguiu compensar essa queda ao ampliar sua presença em outros mercados. Essa pulverização das vendas traz mais estabilidade ao setor, garantindo maior resiliência diante de possíveis oscilações de demanda de mercados específicos.
- Viu esta? País ultrapassa China e torna-se maior comprador de carne suína do Brasil; saiba qual é
- O que o Brasil pode aprender com os Estados Unidos, 3º maior produtor de carne suína?
África do Sul: crescimento nas exportações de frango
Na carne de frango, a África do Sul se destaca como um mercado em ascensão. O país já figura entre os principais importadores, beneficiado por novas habilitações de frigoríficos brasileiros em novembro.
Embora o Brasil já exporte carne de frango para mais de 150 países, o foco atual é ampliar as vendas em mercados cativos e agregar valor ao produto exportado. Esse trabalho, conduzido de forma estratégica, contribui para o fortalecimento do setor, mesmo diante de desafios como o surto de Newcastle registrado em agosto e setembro.
Até o final de 2023, o Brasil deverá estabelecer um recorde absoluto nas exportações de carne suína e de frango. A previsão é de que o país encerre o ano com mais de 100 mil toneladas de carne suína exportadas por mês, consolidando-se como referência global no fornecimento de proteínas animais.
Entre os fatores que explicam esse sucesso estão a escala de produção, os altos padrões de biosseguridade e a capacidade de atender às demandas específicas de cada mercado consumidor. Essa combinação de vantagens torna o Brasil a melhor alternativa global no setor.
Perspectivas para 2024
Com os números robustos alcançados em 2023, as expectativas para 2024 permanecem otimistas. A continuidade do trabalho de abertura de mercados, somada à valorização do real frente ao dólar, deverá garantir novos avanços para a indústria brasileira de proteína animal, reafirmando sua liderança global.
Siga o Ligados & Integrados no Google News para ficar por dentro de tudo que acontece no setor.