CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES

Exportações de aves e suínos em alta: Brasil se destaca em genética e biosseguridade

Exportações de frango mantêm patamares elevados e novos mercados são conquistados. Mais oportunidades para o setor de aves e suínos ao redor do mundo

O início do segundo semestre de 2024 traz boas notícias para o mercado de frangos e suínos no Brasil. As exportações de frango, por exemplo, devem manter patamares acima das 430 mil toneladas mensais, com novos países abrindo suas portas para a proteína animal brasileira. Lesoto, Butão e Peru estão entre os 20 novos mercados que se renderam ao produto nacional este ano, criando mais oportunidades para o setor de aves e suínos ao redor do mundo.

De acordo com Luis Rua, diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil está reforçando sua posição como importante fornecedor de proteína animal. Assista ao vídeo abaixo e confira a análise na íntegra.

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“A abertura do mercado da Argélia foi bastante importante. Nos primeiros cinco meses do ano, o Brasil exportou quase 11 mil toneladas para lá”, destacou. A Argélia, em pouco mais de sete meses, já está entre os 30 maiores importadores de produtos avícolas brasileiros, demonstrando o potencial desse tipo de mercado para o Brasil.

Além da Argélia, a Malásia também é um mercado exigente que recentemente ampliou a autorização para exportação de carne de frango brasileira. “Agora temos sete plantas habilitadas para exportar para a Malásia, o que aumentou nossas vendas em mais de 30% nos últimos meses”, explicou Rua.

A Malásia, reconhecida internacionalmente pelos elevados critérios para produtos halal, reforça a posição do Brasil como principal exportador de proteína halal do mundo.

A recente abertura do mercado do Lesoto para carne de frango brasileira é mais uma conquista significativa. Rua ressalta que o continente africano, com suas perspectivas de crescimento de renda e urbanização, indica um aumento no consumo de proteínas, e o Brasil está pronto para apoiar a segurança alimentar desses países. “O Brasil está olhando cada vez mais para o continente africano, que por muito tempo ficou de alguma forma sem tanta atenção”, afirmou.

Em maio, a ABPA oficializou a abertura do mercado do Butão para a carne suína brasileira. Com quase 1 milhão de habitantes e uma demanda crescente por carne suína, esta conquista representa um avanço importante para os exportadores brasileiros. “O Butão é um mercado pequeno, mas com oportunidades significativas. Já fizemos a primeira exportação de carne de frango e deveremos ter em breve as primeiras exportações de carne suína”, comentou Rua.

A abertura dos mercados dos cinco países que compõem a União Econômica Euroasiática – Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – também é crucial para a exportação brasileira de suínos vivos. “O Brasil é um porto seguro em termos de genética e biosseguridade. Manter o status de livre de doenças como a peste suína africana é vital para continuar expandindo nossas exportações”, destacou Rua.

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