ABPA projeta estabilização dos preços de insumos para aves e suínos em 2025

Com desafios tributários, custos de produção em queda e oportunidades de exportação em expansão, o planejamento estratégico e a inovação serão essenciais para manter a competitividade no mercado global

Novas projeções para os mercados de aves e suínos foram divulgadas na coletiva de imprensa realizada hoje (01) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A produção de carne de frango no Brasil está em ascensão, com expectativas de atingir entre 15,1 milhões de toneladas em 2024, representando um aumento de 1,8%. Para 2025, a previsão é de um crescimento ainda maior, podendo chegar a 15,35 milhões de toneladas, um incremento de 2,3%. 

As exportações também seguem uma tendência positiva, com uma projeção de 5,25 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior, e 5,35 milhões de toneladas em 2025, um crescimento de 1,9%. 

A queda nas exportações de carne de frango dos Estados Unidos abre oportunidades para o Brasil aumentar sua participação no mercado global. 

Neste ano, o consumo per capita de carne de frango deve se manter estável em 45 kg por pessoa, mas espera-se um aumento para 46 kg em 2025.

A produção de carne suína no Brasil também apresenta crescimento, com um aumento de 1% previsto para 2024, atingindo 5,2 milhões de toneladas. Em 2025, espera-se um incremento similar, alcançando 5,25 milhões de toneladas. 

As exportações de carne suína para a China caíram 40% até junho de 2024, refletindo uma diversificação de mercados. Mesmo com essa queda, a China permanece o maior comprador de carne suína brasileira, seguida pelas Filipinas, que tiveram um aumento de 65,3% nas importações no primeiro semestre de 2024. Apesar dessas flutuações, julho promete ser um mês recorde para as exportações de carne suína.

Os custos de produção de aves e suínos estão em queda, e Ricardo Santin, presidente da ABPA, projeta uma estabilização dos preços de insumos, como milho e soja, para 2025. Essa estabilização é fundamental para manter a competitividade dos produtores brasileiros no mercado internacional.

A exportação de ovos deve perder força em 2024, principalmente devido à interrupção das compras pelo Taiwan, resultando em uma queda de 20%, fechando em 20 mil toneladas. Esse resultado já era previsto tendo em vista que o país era um comprador temporário da proteína. 

“Tivemos um primeiro semestre com demanda bastante aquecida no mercado interno, o que diminuiu o ímpeto de exportações do setor. Estimamos um consumo per capita recorde em nosso país neste ano de 2024”.

Ricardo Santin, presidente da ABPA

A abertura de novos mercados para a exportação de material genético, carne suína e de frango continua sendo uma prioridade da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Embora as exportações de carne de peru tenham caído 17% no acumulado do ano, há mercados, como o Reino Unido, que aceitaram o pré-listing, dobrando as exportações para lá. 

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