VÍRUS NO PLANTEL?

Circovirose suína: Como identificar e controlar a doença que afeta o desempenho do lote

Prejuízos como atraso no ganho de peso, piora na conversão alimentar e alta mortalidade podem ser sinais clínicos da circovirose no lote

A circovirose suína se dissemina com facilidade nos plantéis, afetando diretamente os índices zootécnicos. Entre os prejuízos mais comuns estão o atraso no ganho de peso, a piora na conversão alimentar e, principalmente, o aumento expressivo da taxa de mortalidade. Segundo a médica veterinária Victoria Pereira, “a mortalidade elevada é um dos principais indicadores da presença da doença”.

Além da perda de animais, a circovirose compromete a eficiência produtiva, pois os suínos que sobrevivem à infecção frequentemente apresentam problemas no desenvolvimento, tornando-se animais refugos. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

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“Os custos adicionais para o produtor também aumentam consideravelmente, com gastos em cuidados paliativos, como uso de anti-inflamatórios, suplementação alimentar e antibióticos para controlar infecções secundárias”, explica Victoria.

Por se tratar de um vírus sem cura específica, a prevenção é a estratégia mais eficiente no combate à circovirose. A vacinação, há anos utilizada nos plantéis brasileiros, se tornou essencial para a proteção do rebanho. 

De acordo com a médica-veterinária, a vacinação reduz a viremia e controla a disseminação da doença, permitindo que os suínos mantenham bons índices produtivos mesmo em ambientes onde o vírus pode estar presente.

Além da vacinação, a adoção de boas práticas de manejo é fundamental para evitar a entrada e disseminação do circovírus nas granjas. A sanitarista destaca a importância da biosseguridade, com medidas como a desinfecção adequada de equipamentos e o controle de micro-organismos.

“Todo material que entra na granja deve ser esterilizado, e é essencial realizar o vazio sanitário entre os lotes para garantir a redução da carga viral”, recomenda.

Monitorar o aumento de mortalidade, identificar lesões macroscópicas e utilizar exames laboratoriais, como histopatologia e imunoistoquímica, são estratégias recomendadas para confirmar a presença da doença no plantel. 

Mesmo após a vacinação, a monitoria constante dos índices zootécnicos e sinais clínicos é fundamental para garantir que o rebanho permaneça saudável. O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial no controle da circovirose.

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