A colite em suínos é uma infecção do intestino grosso que pode causar diarreia sanguinolenta em animais jovens, principalmente de 6 a 14 semanas de idade. Embora menos grave do que a disenteria suína, essa doença pode afetar até 50% dos suínos em um grupo.
Ao contrário da disenteria suína, a colite não é observada em leitões lactentes ou animais adultos. No entanto, uma afetação nas porcas também ocorre individualmente. Entre os microrganismos associados à colite suína, destaca-se o Brachyspira pilosicoli, semelhante ao causador da disenteria suína.
Fique atento
Os primeiros sinais de colite incluem fezes pastosas sem sangue e com pouco ou nenhum muco, e os suínos afetados geralmente parecem normais. Conforme a doença progride, os animais podem apresentar diarreia aquosa, desidratação, perda de condição corporal e mau crescimento.
Além disso, diversos fatores podem contribuir para a contaminação, como rações peletizadas, dietas com alto nível de polissacarídeos não amiláceos nos grãos (como cevada e centeio), fluxo contínuo de animais sem vazio sanitário e presença de aves silvestres e roedores.
Diagnóstico
O diagnóstico da colite suína pode ser feito por meio de necropsia, histoquímica com coloração pela prata, hibridização in situ por fluorescência (FISH) e PCR. É fundamental realizar o diagnóstico correto para descartar outras doenças, como a disenteria e ileíte suína.
Como prevenir a colite
Para prevenção da colite suína, além do uso de antibióticos, os suinocultores podem considerar medidas alternativas, como ajustes na dieta dos animais, adoção de zinco e controle efetivo de roedores e pássaros na propriedade.
Dessa forma, essas estratégias ajudam a reduzir a disseminação da doença e a promover a saúde intestinal dos suínos.
“É importante sempre buscar a opinião de um especialista e a análise de um veterinário, assim, pode se fazer uma análise laboratorial com a coleta de amostras. Múltiplos agentes podem causar diarreia, então não se pode diagnosticar o animal com colite sem realmente fazer os testes”, destaca Erico Franco, médico veterinário.
Conhecer os sinais clínicos, realizar um diagnóstico preciso e adotar medidas preventivas adequadas são fundamentais para garantir a saúde dos animais e a eficiência na produção suinícola.
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