Pecuária

Como otimizar o aproveitamento das fêmeas suínas na produção?

A permanência da fêmea no sistema produtivo para incrementar os resultados reprodutivos do rebanho e os rendimentos econômicos do produtor

A taxa de retenção de fêmeas no plantel de suínos é um indicador importante para otimização do retorno financeiro na produção. É importante aumentar a permanência da fêmea no sistema produtivo para incrementar os resultados reprodutivos do rebanho e os rendimentos econômicos do produtor.

Segundo Rangel Hertzog da Cunha, extensionista em uma Unidade de Produção de Leitões Desmamados (UPD) da Seara, a taxa de retenção das fêmeas deve ser de no mínimo 70% para maiores ganhos na granja e na cadeia.

Para manter a taxa ideal de retenção, o trabalho do suinocultor já começa na obtenção das fêmeas.

As matrizes suínas não devem ser de leitegada com deficiências de nascença, e precisam ter aparelho genital com crescimento de acordo com a idade e ter bons aprumos.

Com as matrizes ideais selecionadas, elas precisam estar sujeitas à boas condições para seu desenvolvimento. As leitoas devem ser alojadas em instalações previamente preparadas, com água à vontade, ambiência e densidade adequadas, limpas e devidamente desinfetadas. 

Sanidade

Outros cuidados com as matrizes suínas que o produtor deve ter é com a sanidade do plantel.

A ocorrência de desafios sanitários nessa fase aumenta a incidência de falhas reprodutivas, como o anestro e a redução no número de desmamados por fêmea no ano, além do total de leitões produzidos durante sua vida reprodutiva. As leitoas também devem ter o peso ideal durante a cobertura.

Segundo o médico veterinário João Victor Facchini Rodrigues, da equipe de Serviços Técnicos da Agroceres PIC, o peso mínimo individual à primeira cobertura precisa ser de 135 quilos. Em caso de peso menor, pode ter baixa produtividade.

“Se as fêmeas também tiverem mais de 160 quilos, elas podem desenvolver problemas locomotores”, explica. 

O médico ainda ressalta que o suinocultor deve estar atento também à condição corporal das matrizes pois são elas que permitem a longevidade delas no sistema produtivo. 

“O ideal é que 90% do plantel tenha fêmeas com condição corporal ideal. No caso de matrizes que não estejam nas condições ideais de produção e com baixo desempenho, o produtor pode optar por descartá-las”, destaca. 

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