O advento das fêmeas hiperprolíficas, que produzem seu máximo potencial, trouxe vantagens para o sistema de produção de suínos, como aumento na eficiência reprodutiva e maior disponibilidade de animais para o abate.
No entanto, um problema também surgiu junto as fêmeas hiperprolíficas: o aumento da variabilidade no peso ao nascer, resultando no aumento da proporção de animais com baixo peso e maior mortalidade pré-desmama.
O baixo peso ao nascer está associado a altas taxas de morbidade e mortalidade antes do desmame, bem como a pior desempenho ao longo das diversas fases do sistema de produção.
Esse aumento na variabilidade de peso ao nascer em uma leitegada se deve à capacidade uterina limitada, que corresponde ao número de fetos totalmente formados levados a termo. Em leitegadas muito numerosas, a capacidade uterina é excedida, resultando em fetos menores e com menor chance de sobrevivência.
Os pesos individuais ao nascer das marrãs também têm implicações importantes para a produtividade das porcas ao longo da vida. Marrãs com baixo peso ao nascer têm menor probabilidade de se tornarem porcas reprodutoras de sucesso, pois são mais propensas a problemas reprodutivos, como infertilidade e retenção de placenta.
Para garantir que as marrãs nasçam com um bom peso, os produtores devem adotar medidas para minimizar a variabilidade no peso ao nascer, como:
- Selecionar fêmeas com histórico de leitegadas com peso médio ao nascer adequado;
- Manter as porcas em boas condições nutricionais durante a gestação;
- Evitar a superlotação nas maternidades;
- Oferecer um ambiente adequado para o parto e o desenvolvimento dos leitões.
É importante ressaltar que o peso ao nascer é apenas um dos fatores que influenciam a produtividade das marrãs. Outros fatores, como a genética, a saúde e o manejo, também são importantes.
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