No cenário da suinocultura paranaense, o ano de 2023 foi marcado por um reequilíbrio no represamento de matéria-prima causado pela crise chinesa, resultando em números recordes na produção e redução de custos para os produtores da proteína.
O Paraná, que ocupa o segundo lugar entre os maiores produtores de suínos, com 15,7% da produção nacional e um rebanho de 6 milhões e 600 mil cabeças, testemunhou o maior número de abates semestrais na série histórica do IBGE, registrando 5 milhões e 900 mil animais abatidos no primeiro semestre de 2023, um aumento de 2,3% em relação ao semestre anterior.
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Leandro Ricardo Vivian, suinocultor de Marechal Cândido Rondon, destaca a redução significativa nos custos de produção, especialmente com a nutrição dos animais, que diminuiu em 30% em relação a 2022. O consumo interno de carne suína também teve um aumento expressivo de 49%, alcançando uma média de 22 kg por pessoa em 2023.
O setor também observou um aumento nas exportações, vendendo 153,6 mil toneladas de carne suína até novembro, gerando uma receita de 345,3 milhões de dólares, um incremento de 12,4% em comparação com 2022. Nicolle Wilsek, técnica do Sistema Faep/Senar-PR, destaca a evolução significativa da suinocultura paranaense nos últimos 12 meses.
Para Cesar da Luz, da Associação Paranaense de Suinocultura, o setor apresenta estabilidade após a acomodação do mercado, destacando a redução da dependência da China e a estabilização nos preços das commodities.
As perspectivas para 2024 são otimistas, com a abertura de novos mercados e a continuidade do crescimento na produção de proteínas. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca o ritmo de investimento e os novos mercados conquistados pelo Paraná, indicando que a carne suína continuará crescendo forte em 2024.
Leandro Ricardo Vivian finaliza ressaltando a expectativa positiva, mencionando o trabalho para ganhos de produtividade e a abertura do mercado japonês como pontos favoráveis para o setor suinícola paranaense em 2024.
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