A suinocultura moderna enfrenta desafios e oportunidades, como a otimização da nutrição animal e a sustentabilidade da produção. A nutrição de precisão surge como uma solução promissora para maximizar o desempenho dos suínos, reduzir custos e minimizar impactos ambientais.
A nutrição de precisão busca individualizar as dietas dos suínos, levando em conta as necessidades específicas de cada animal.
“Através de tecnologias inovadoras, é possível monitorar o consumo individual de ração, avaliar o peso corporal e analisar características como sexo, raça e fase de crescimento” diz Luciano Hauschild, professor da Unesp e coordenador do PPG-CA.
De acordo ainda com o professor, em entrevista ao Ligados & Interados, os benefícios da nutrição de precisão são numerosos:
- Redução de custos com dieta: a alimentação personalizada evita o desperdício de ração e garante que cada animal receba os nutrientes que necessita.
- Minimização de impactos ambientais: a excreção de elementos poluentes, como nitrogênio e fósforo, é significativamente reduzida, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
- Melhoria da eficiência na produção animal: A nutrição de precisão promove o crescimento saudável dos suínos, otimizando o tempo de abate e aumentando a qualidade da carne.
Adaptar a nutrição de acordo com o animal
A variabilidade na produção animal é um fator importante a se considerar na implementação da nutrição de precisão. Cada animal possui necessidades nutricionais específicas, que variam de acordo com seu sexo, raça, fase de crescimento e condições climáticas.
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Por isso, a nutrição personalizada é fundamental para otimizar os resultados da suinocultura moderna.
“Através da análise de dados e da utilização de tecnologias inovadoras, é possível fornecer aos suínos a dieta ideal para suas necessidades, garantindo o bem-estar animal e a sustentabilidade da produção”, cita Hauschild.
Dessa forma, a nutrição de precisão e a ambiência adequada para os suínos são fatores interdependentes para o sucesso da criação desses animais. A temperatura, umidade, pressão do ar e qualidade do ambiente nos galpões influenciam diretamente o bem-estar e a produtividade dos suínos.
“No caso da temperatura ideal, ela varia de acordo com a fase de crescimento dos animais. Para leitões, a temperatura ideal é de 28 °C a 30 °C, enquanto para suínos em fase de acabamento, a temperatura ideal é de 18 °C a 22 °C. A umidade ideal nos galpões deve ser mantida em torno de 75%, e a ventilação adequada para garantir a qualidade do ar e evitar a concentração de gases nocivos”, finaliza o professor.
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