A peste suína clássica (PSC) e a peste suína africana (PSA) são duas doenças virais que representam grandes desafios para a suinocultura mundial. Ambas as doenças são altamente contagiosas e causam a morte dos animais, com impactos econômicos significativos para os produtores.
No Brasil, a PSC está presente em alguns estados, mas a PSA ainda não foi detectada. No entanto, a doença já causou grandes prejuízos a outros países produtores de suínos, como a China, que teve que sacrificar milhões de animais.
Diferenças entre as doenças
A PSC e a PSA são causadas por vírus diferentes, mas ambas têm sintomas semelhantes, como febre, falta de apetite, prostração e diarreia.
A PSC é transmitida por contato direto com animais infectados ou com suas secreções, enquanto a PSA pode ser transmitida por contato indireto, por meio de objetos contaminados ou por vetores, como moscas.
Como ocorre a contaminação do rebanho
A contaminação do rebanho por PSC e PSA pode ocorrer de várias formas, incluindo:
- Contato direto com animais infectados ou com suas secreções: é a forma mais comum de transmissão. Pode ocorrer em abatedouros, granjas, feiras e outros locais onde há animais suínos.
- Contato indireto com objetos contaminados: pode ocorrer por meio de veículos, equipamentos, roupas e outros materiais que estiveram em contato com animais infectados.
- Ingestão de alimentos contaminados: pode ocorrer quando animais suínos comem restos de alimentos contaminados com fezes ou secreções de animais infectados.
- Veterinários e trabalhadores da suinocultura: podem ser infectados por meio de picadas de insetos ou por contato com animais infectados.
Desafios no controle da peste suína africana
A PSA é uma doença altamente contagiosa e resistente a vacinas. Isso dificulta o seu controle, pois mesmo animais vacinados podem ser infectados. Além disso, a PSA pode ser transmitida por vetores, o que dificulta ainda mais a sua prevenção.
Outro desafio no controle da PSA é o comércio internacional de produtos suínos. Mesmo que um país esteja livre da doença, é possível que produtos contaminados sejam importados de outros países.
Brasil se destaca nas barreiras sanitárias
O Brasil não é acometido pela peste suína africana, mas tem implementado medidas para evitar a entrada da doença no país. Essas medidas incluem:
- Inspeção rigorosa de produtos suínos importados: todos os produtos suínos importados são submetidos a uma inspeção rigorosa para detectar a presença de PSA.
- Proibição da entrada de suínos vivos de países com casos de PSA: está proibida a entrada de suínos vivos de países com casos de PSA.
- Controle de suínos asselvajados: o controle de suínos asselvajados também é importante para evitar a entrada da PSA no país.
Vacinação contra a peste suína clássica
A PSC tem uma vacina eficaz, utilizada em alguns países para controlar a doença. No Brasil, a vacinação contra a PSC é realizada em alguns estados, visando erradicar a doença do país.
A vacinação contra a PSC é uma importante ferramenta para o controle da doença. No entanto, é importante ressaltar que a vacina não é 100% eficaz e que outras medidas de biossegurança também são necessárias para evitar a disseminação da doença.
Controle de suínos asselvajados
O controle de suínos asselvajados também é importante para o controle da PSC. Os suínos asselvajados são suscetíveis à PSC e podem transmitir a doença para animais domésticos.
No Brasil, o controle de suínos asselvajados é realizado por meio de ações como:
- Caça: a caça é uma das principais formas de controle de suínos asselvajados.
- Captura e abate: os suínos asselvajados também podem ser capturados e abatidos.
- Educação ambiental: a educação ambiental também é importante para conscientizar a população sobre a importância do controle de suínos asselvajados.
O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a sexta-feira às 11h30.
Gostou desse tema ou quer ver outro assunto relacionado à avicultura e suinocultura? Envie sua sugestão para [email protected] ou para o número de WhatsApp (11) 9 7571 3819.