QUALIDADE DOS SUÍNOS

Suinocultura: Como a genética contribui para a competitividade no setor?

As empresas de genética selecionam e multiplicam animais com as melhores características zootécnicas e econômicas, entregando-os às granjas comerciais

Melhoramento genético garante carne suína de qualidade

As empresas de genética selecionam os animais que melhor expressam características zootécnicas e econômicas. Esses animais são multiplicados e entregues às granjas comerciais para produção dos animais de abate. 

No médio e longo prazo, os resultados do melhoramento genético nas granjas núcleo são replicados nas granjas comerciais, resultando em maior eficiência, menor gasto de ração, maior produtividade de leitões por fêmea, maior rusticidade dos animais e melhor qualidade da carne. Há um impacto direto e significativo da genética em todas essas características. Assista ao vídeo abaixo e confira a explicação na íntegra.

O médico-veterinário Nilo Chaves de Sá, explica que no melhoramento genético, são trabalhados as linhas maternas e paternas separadas. Na linha materna, o foco está nos indicadores de reprodução, como o número de leitões desmamados por fêmea por ano. 

“Há 20 anos, a média era de 24 leitões por fêmea por ano; hoje, essa média subiu para 32-33 leitões, com algumas granjas atingindo até 40 leitões. Isso representa um aumento de cerca de 33% na produção”, concluiu o especialista.

Nas linhas paternas, são analisadas principalmente as características de desempenho, como conversão alimentar (quanto de ração o animal consome para ganhar 1 kg de carne), velocidade de crescimento, rusticidade e qualidade da carne, que é cada vez mais exigida pelos consumidores.

O médico-veterinário Nilo Chaves de Sá, destacou duas tecnologias principais:

  1. Engenharia Genômica: Implementada em larga escala há cerca de 10 anos, permite identificar os animais com maior carga genética desejada. Acelerando o progresso genético em 30-40% ao ano.
  2. Edição Genética: Recentemente desenvolvida, permite criar animais resistentes a doenças. Um exemplo é a resistência ao vírus PRRS, onde a edição genética excluiu o gene que produz a proteína à qual o vírus se liga, tornando os suínos imunes à doença.

Essas tecnologias estão sendo cada vez mais aplicadas, proporcionando maior eficiência e lucratividade aos produtores.

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