MATRIZES

Suinocultura: Manejo detalhado das leitoas de reposição garante a continuidade do plantel

Preparar as futuras reprodutoras do plantel exige uma série de ações programadas

Suinocultura: Manejo detalhado das leitoas de reposição garante a continuidade do plantel
Suinocultura: Manejo detalhado das leitoas de reposição garante a continuidade do plantel

A qualidade dos lotes de suínos, assim como a continuidade do negócio, depende diretamente da preparação das leitoas de reposição antes de iniciarem seus ciclos reprodutivos. O manejo detalhado nesta etapa é crucial para garantir o controle da produção. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

A Isla de Souza, extensionista da Seara de uma unidade produtora de desmamados em Arapoti, no Paraná, explica como funciona esse processo. “As leitoas de reposição, também conhecidas como marrãs, são fêmeas suínas jovens selecionadas para dar continuidade ao ciclo produtivo das matrizes. Elas chegam à granja após passarem por uma recria, onde são avaliadas quanto à conformação física, mamária e peso, chegando ao PD (Ponto de Desempenho) com aproximadamente 100 quilos e 150 dias de idade.”

Na chegada à granja, uma pré-seleção adicional é realizada para garantir que não haja problemas sanitários ou físicos. A aclimatação é outro passo importante. “Esse processo adapta as leitoas à microbiota da granja e fortalece sua imunidade, preparando-as para o ambiente específico onde irão viver e se reproduzir”, detalha Isla.

Após a adaptação, o foco passa a ser o estímulo ao cio, que ocorre a cada 21 dias. Contudo, as leitoas só podem ser inseminadas a partir do segundo cio, que ocorre por volta dos 220 a 240 dias de idade, quando elas atingem cerca de 150 quilos.

A inseminação artificial é realizada com uma dose de 80 ml de sêmen, utilizando uma pipeta especial para leitoas. “O macho é mantido na frente das fêmeas para estimular o reflexo de tolerância, essencial para uma inseminação eficiente”, conta Isla.

Foto: Ligados & Integrados

As fêmeas permanecem em gaiolas até os 35 dias de gestação, período em que são submetidas a exames de ultrassom para confirmar a prenhez. Após esse período, são transferidas para baias, onde o manejo adequado de alimentação e bem-estar garante um desenvolvimento saudável até o parto.

Antes do parto, as leitoas são transferidas para a maternidade com três a quatro dias de antecedência para se adaptarem ao novo ambiente. “Os sinais de parto incluem secreções, diminuição do apetite e inquietação”, explica Isla.

Durante o parto, os colaboradores da granja precisam garantir a limpeza do ambiente, a disponibilidade de água e materiais adequados, como pó secante e iodo, para garantir que os leitões nascem em condições ideais.

No período de lactação, o estímulo ao consumo é fundamental. “Essas fêmeas ainda estão em crescimento e precisam de nutrientes suficientes para se manterem saudáveis e prontas para a próxima gestação”, reforça Isla.

O manejo adequado garante a longevidade e a eficiência reprodutiva dessas leitoas, que representam o futuro da granja.

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