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Proteína animal deve fazer parte da nossa alimentação, diz nutricionista

Profissional defende consumo equilibrado entre carnes, ovos e alimentos de origem vegetal para a manutenção do organismo



A decisão sobre os alimentos que consumimos é muito pessoal e envolve questões culturais e até religiosas, mas orientações científicas nos ajudam a fazer escolhas equilibradas. A nutricionista Fabiana Borrego defende que as proteínas de origem animal devem estar presentes em nossa dieta, e diz que excluir esses alimentos sem orientação especializada elimina vitaminas e minerais.

“Proteínas de origem animal possuem alto valor biológico e são como tijolinhos que fazem parte da constituição de tecido, pele e da formação dos órgãos. Contribuem para a beleza dos cabelos, o crescimento das unhas e a produção do colágeno que perdemos ao longo da idade”, afirma. De acordo com Fabiana, o ferro de origem animal está pronto para ser absorvido pelo nosso organismo e não é barrado por nenhum nutriente, enquanto o de origem vegetal precisa da vitamina C para entrar nas células e pode ser barrado por outros nutrientes quando consumidos em uma mesma refeição. “Para as mulheres, que perdem muito sangue durante o período menstrual e podem ter anemia, o consumo de ferro é muito importante”, enfatiza.

Fabiana orienta um consumo alternado entre proteínas como ovo, carne vermelha e carne branca, e destaca a importância de incluirmos grãos, verduras e legumes crus e cozidos em nossas refeições, já que cada alimento exerce uma função no organismo.

“Temos os aminoácidos não essenciais, que metabolizamos sozinhos, e os essenciais, que precisamos consumir via alimentação e encontramos, por exemplo, em uma combinação de arroz, feijão e carne. A carne vermelha tem mais gordura e um alto valor calórico, mas é a que apresenta maior quantidade de proteína por cem gramas dependendo do corte. Devemos alternar com cortes de carne branca que tenham menor quantidade de gordura, como a carne de frango, e com a carne de porco, que ainda sofre preconceito, mas, dependendo do corte, é ótima e possui baixa quantidade de gordura e do colesterol considerado ruim, o LDL”, afirma.

Ainda de acordo com a nutricionista, o consumo diário recomendado de carne é de 8 gramas por quilo corporal. “É tudo muito individualizado, já que cada pessoa tem um peso. O segredo está no equilíbrio, afinal, o excessos também causam malefícios”, alerta.