O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou no último mês a abertura do mercado russo para ovos e produtos derivados do Brasil, o que marcou a vigésima abertura de mercado só neste ano.
Essa conquista compreende a aprovação sanitária feita pelo governo russo, que permite a exportação de produtos brasileiros, desde que haja a habilitação dos estabelecimentos.
De uma maneira geral, as exportações brasileiras de ovos bateram recorde no primeiro bimestre de 2024, com um aumento de quase 70% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Outra boa notícia para o setor veio ainda no mês de março. O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil anunciou que a China, principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, habilitou oito novas plantas frigoríficas brasileiras.
Este é o maior número de habilitações de carne de frango concedido pelo país asiatico em cinco anos, e representa um marco importante para a indústria brasileira. As expectativas para o aumento das vendas são altas.
“Basicamente a China está dando um recado para o resto do mundo. Esse recado é muito simples: “vou concentrar minhas compras de proteínas de origem animal no mercado brasileira. E isso não se aplica apenas para a carne de frango, mas também é válido para a carne suína e bovina”, disse o analista de mercado Fernando Iglesias. Segundo ele, o Brasil tem uma relação bastante amistosa com a China e é capaz de entender e atender a demanda do país.
Iglesias também comentou o recente anúncio chines do fim das tarifas antidumping nas exportações. “Basicamente é um mecanismo que penalizava o frango brasileiro, reduzia a competitividade para que o frango produzido na China se tornasse tão competitivo quanto o brasileiro. A partir do momento que remove essa tarifa quer dizer que o frango brasileiro vai ser mais competitivo ainda dentro da China, o que vai permitir que o Brasil venda volumes ainda maiores para aquele mercado”, explicou ele.
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