Dez dias após a paralisação total ou parcial das operações em quatro frigoríficos no Rio Grande do Sul como medida para conter o avanço do novo coronavírus, o secretário de agricultura do estado, Covatti Filho, afirmou que o Estado trabalha para que os mais de 4,5 milhões de aves e os 50 mil suínos que iriam para plantas frigoríficas agora fechadas sejam remanejados. Em entrevista ao programa Ligados & Integrados, o secretário afirmou que prioriza medidas preventivas para garantir a segurança dos colaboradores, mas que, em paralelo, devem ser avaliadas soluções para evitar o descarte dos animais nos frigoríficos.
De acordo com Covatti Filho, um grupo técnico foi criado para estudar possíveis soluções. Juntos, o Ministério Público do Trabalho, as Secretarias da Agricultura e da Saúde, a Procuradoria Geral do Estado e representantes dos frigoríficos vão dialogar para detalhar todos os requisitos que as empresas devem cumprir para reverter a situação e reabrir as plantas. “O Rio Grande do Sul não quer chegar à situação extrema de realizar o abate sanitário. Contamos com as empresas para redistribuir os animais em outras plantas frigoríficas. Observamos uma disposição de todos os envolvidos para resolvermos a situação de forma efetiva e reabrirmos as plantas, inclusive, as empresas já investem em obras estruturantes para atender os requisitos, criando o ambiente ideal para a retomada das atividades”, disse.
Covatti afirmou que esse alinhamento deve ocorrer ainda nos próximos dias, já que, se a situação persistir, o abate sanitário pode acabar acontecendo. “Estamos todos mobilizados. Com o comprometimento das empresas, vamos possibilitar pelo menos uma abertura prévia, ou a continuidade dos trabalhos. No município de Passo Fundo (RS), por exemplo, onde temos uma planta fechada, estamos articulando e nos próximos dias vamos encaminhar a resolução para maior tranquilidade dos produtores e das empresas”, concluiu.