Desmame, berçário, creche… O manejo dos recém-nascidos requer muita dedicação porque os animais precisam ganhar peso e imunidade nos primeiros dias de vida. Entretanto, os desafios são enormes. Se pintinhos ou leitões dão sinais de que as coisas não vão bem no começo do ciclo de produção, o diagnóstico precoce pode ajudar a reverter a situação. É aí que o zelo dos produtores faz toda a diferença. Saiba identificar anomalias.
Suínos: sintomas relacionados à infecções intestinais
A higiene e as condições sanitárias do ambiente são essenciais para o bom desempenho dos os leitões nas fases de maternidade e creche. O manejo inadequado das instalações pode favorecer a proliferação de bactérias, gerando infecções intestinais relacionadas a quadros de diarréia que desidratam os animais e podem ser fatais. Diarreias também podem estar relacionados à problemas nutricionais. Já a rotavirose é uma doença que ainda provoca vômitos e, consequentemente, perda de peso.
Suínos: sintomas relacionados à doenças do trato respiratório
Fatores estressantes como os processos de desmame e transporte podem favorecer a manifestação de doenças do trato respiratório. Nesse caso, os suínos podem apresentar sintomas como artrite, ou seja, dificuldades locomotoras, e pneumonia. Outros sinais clínicos, como falta de apetite, também podem se manifestar. Os produtores devem ficar atentos aos lotes desuniformes, à refugagem e ao aumento de mortalidade.
Suínos: sintomas relacionados à doenças do trato nervoso
As doenças do trato nervoso também podem afetar os leitões no período pós desmame. Entre os sinais que colocam os produtores em estado de alerta estão cegueira, surdez, perda de equilíbrio, paralisia, tremores, convulsões, apatia e febre.
Sintomas apresentados por pintinhos
E os pintinhos? Também podem ter diarreia por causa de bactéria. Se os animais manifestaram sintomas como tristeza, sonolência, cabeça pesada, dificuldades para respirar, falta de apetite, penas arrepiadas ou asas caídas, fezes esbranquiçadas, crescimento retardado e artrite nos joelhos, é preciso chamar um veterinário. Se os pintinhos estiverem amontoados, é sinal de que sentem frio. Fique atento.
“O pintinho é totalmente dependente de uma temperatura agradável e, sobretudo, uniforme no galpão, em torno dos 32 graus. Os animais devem se espalhar ao longo do aviário para não sobrecarregar equipamentos, como comedouros e bebedouros”, explica o gerente técnico Jorge Werlich.
Manejo da ambiência nos aviários
A troca de ar dentro dos galpões é essencial para que o nível de CO2 não comprometa a saúde dos pintinhos, portanto, o produtor deve ficar atento ao manejo das cortinas. “O acúmulo de CO2 pode refletir em um comportamento de sonolência nos pintinhos, que não vão buscar água ou comida e, portanto, têm seu sistema imunológico prejudicado”, diz Jorge. “A maioria das doenças começam com manifestações comuns de comportamento, como o aumento do consumo de água devido à febre, apatia ou aves ofegantes. Chame imediatamente um veterinário para um diagnóstico preciso, para que não ocorra uma desuniformidade grande do lote, alta mortalidade ou comprometimentos no abate”, completa ele.