Paraná

Genética suína: Paraná recebe núcleo com investimento de R$ 332 milhões

Estrutura mantida pela Agroceres PIC foi inaugurada neste mês no município de Paranavaí

Genética suína: Paraná recebe núcleo com investimento de R$ 332 milhões

A Agroceres PIC inaugurou no dia 10 de março, em Paranavaí, no noroeste do Paraná, seu novo Núcleo Genético, a Granja Gênesis. Sendo esse o maior núcleo genético da América Latina. O empreendimento é mais uma etapa do projeto de expansão e permitirá intensificar a atuação da empresa em mercados internacionais.

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De acordo com Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, A Agroceres PIC está habilitada para exportar reprodutores e matrizes para seis países da América do Sul, sendo eles:

  1. Argentina;
  2. Chile;
  3. Uruguai;
  4. Paraguai;
  5. Bolívia; e
  6. Colômbia.

Em relação a outros países, como Estados Unidos, Canadá, México e a China também têm interesse no material genético produzido pela empresa.

Segundo o diretor-superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa, o núcleo representa um novo paradigma no trabalho de melhoramento genético no Brasil e um vetor de transformação e modernização da suinocultura brasileira. Contudo, são 70 mil metros quadrados de área construída, capacidade para alojar 3,6 mil fêmeas de elite e uma produção estimada em até 110 mil animais por ano. O investimento é de R$ 332 milhões.

Além disso, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, participou da inauguração e falou sobre a importância dos cuidados com a biosseguridade. Ele destacou o status sanitário do Paraná, que é um estímulo para novos empreendimentos, aliando saúde animal, segurança alimentar e geração de empregos.

Status sanitário do núcleo

A instalação da Agroceres PIC é apenas um dos exemplos de empreendimentos recentes na área de proteínas animais no Paraná, resultado do esforço em garantir reconhecimento do bom trabalho de sanidade agropecuária.
Em 2021, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no Estado, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto.

Sobretudo, o Paraná também foi classificado como zona livre da peste suína clássica independente, fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, conquistas importantes para aumentar o potencial paranaense na agropecuária.

Pequenas agroindústrias

Também no dia 10)=, o município de Paranavaí recebeu o certificado de adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR).

Com esse certificado, passa a ser o 22° município com poder de, por meio de seu Sistema de Inspeção Municipal (SIM), autorizar agroindústrias que cumprirem com as normas higiênico-sanitárias a venderem os produtos para todo o Estado, extrapolando os limites municipais. O certificado foi entregue pelo diretor-presidente da Adapar. Segundo ele, a meta é ter 200 integrantes do sistema até 2026.

O Susaf foi criado por lei em 2013, mas regulamentado em 2020. O programa é destinado especialmente à agroindústria familiar e às de pequeno porte. Entretanto, os estabelecimentos interessados em obter o selo Susaf-PR devem seguir os programas de autocontrole necessários como limpeza, desinfecção e higiene, hábitos higiênicos e saúde dos manipuladores.

Além disso, são exigidos a manutenção das instalações e equipamentos, controle de potabilidade de água, seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens, controle de pragas e vetores e controle de temperatura. Também devem contratar profissional legalmente habilitado para a industrialização e conservação dos produtos.