A carne suína que chega à mesa do consumidor final é resultado de uma complexa cadeia de produção, desde a criação e reprodução dos animais até o abate e processamento. Um dos fatores mais importantes para garantir a qualidade da carne é o melhoramento genético, que permite selecionar animais com características desejáveis.
A escolha entre carne magra ou com gordura entremeada é influenciada pela genética dos animais, que determina a quantidade de gordura intramuscular. Esta característica não apenas impacta na suculência, sabor e maciez da carne, mas também na eficiência da produção.
Animais com melhor genética são capazes de converter o alimento em carne de forma mais eficiente, o que resulta em um crescimento rápido e custos de produção reduzidos. Além disso, a genética também influencia o tamanho e a proporção dos diferentes cortes da carcaça, afetando diretamente o valor final do produto.
O ponto de partida para o melhoramento genético é a escolha criteriosa de reprodutores com características superiores. Entre as características a serem consideradas, estão aspectos reprodutivos, como idade à puberdade, fertilidade e tamanho da leitegada nas fêmeas, e aspectos produtivos, como taxa de crescimento, eficiência alimentar e composição da carcaça em machos e fêmeas.
Na prática, os produtores podem adquirir matrizes de reposição (machos e fêmeas) de empresas com programas próprios de genética. Essas empresas podem ser importadoras de genética, trazendo material genético de outros países, selecionadoras de raças puras, que trabalham com o desenvolvimento de raças específicas para a produção de carne suína, ou avozeiros, que multiplicam a genética das empresas selecionadoras.
A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) desempenha um papel fundamental como fonte de informação e apoio para os produtores que desejam melhorar a genética de seus rebanhos. A associação oferece uma variedade de serviços, incluindo a organização de leilões de animais de alta qualidade, a divulgação de informações sobre programas de melhoramento genético e a capacitação de profissionais por meio de cursos e eventos.
O melhoramento genético é uma ferramenta para garantir a qualidade da carne suína e a competitividade da suinocultura brasileira. Ao investir em genética de qualidade, os produtores podem obter animais mais produtivos, com carne de melhor qualidade e maior valor agregado, contribuindo para o sucesso da cadeia produtiva como um todo.
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