MERCADO

Preços da carne de frango e suína: balanço do primeiro semestre e expectativas para o próximo

Mercado interno de suínos se valoriza enquanto frango congelado enfrenta queda de preços em São Paulo; confira o balanço do primeiro semestre do ano

Preços da carne de frango e suína: balanço do primeiro semestre e expectativas para o próximo

De acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o primeiro semestre do ano encerrou com uma valorização significativa no mercado de carne suína. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

O analista Thiago Bernardino explica que essa valorização se deve a vários fatores. “Tivemos um semestre interessante para a carne suína, principalmente devido às exportações robustas que ajudaram a enxugar a oferta no mercado doméstico. Além disso, o consumo interno tradicionalmente melhora após a Quaresma, com os meses de abril e maio sendo bastante positivos”. 

A chegada do inverno também contribui para o aumento nas vendas de cortes suínos. “Embora estejamos enfrentando um inverno incerto, os meses de maio, junho, julho e agosto geralmente registram uma melhoria nas vendas,” acrescenta o Thiago. 

Os preços do suíno vivo se mantiveram relativamente estáveis, com uma leve elevação observada até o final de junho.

“A redução nos preços do milho, principal insumo da ração, melhorou o poder de compra dos suinocultores, que agora conseguem comprar mais milho com a venda de um quilo de suíno do que no início de 2024,” explica.

Em contraste, os preços do frango congelado na praça de São Paulo registraram queda desde os primeiros meses do ano. “No mercado paulista, acompanhamos uma queda nos preços do frango resfriado e congelado devido a uma produção maior e exportações menos animadoras no início do ano”, relata Thiago.

Ele explica que a oferta interna elevada pressionou as cotações, somada à melhora no poder de compra dos brasileiros, que optaram por outras carnes como bovina e suína. 

O analista de mercado prevê um cenário positivo para os preços das carnes de frango e suína, bem como para os preços dos animais no campo.

Há um otimismo quanto ao segundo semestre de 2024, devido à maior disponibilidade de renda dos consumidores. “Historicamente, o segundo semestre é mais favorável ao consumo de proteínas animais. A dinâmica interna mais atrativa deve valorizar os preços das carnes e dos animais, seguindo uma tendência que esperamos que se mantenha em 2024,” conclui Thiago.

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